Histórias de 24 horas também no Instagram
Mídia social anuncia novidades e usuários criticam cópia de Snapchat
Mídia social anuncia novidades e usuários criticam cópia de Snapchat
Mariana Stocco
2 de agosto de 2016 - 15h15
O Instagram lançou nesta terça-feira, 2, um novo recurso para que os usuários publiquem “fotos e vídeos da vida real” que se autodestroem dentro de 24 horas. Essas imagens serão reunidas no “modo história”, um novo campo de publicação que fica no topo do aplicativo. O modelo é muito similar ao “Story” do rival Snapchat, que permite que os usuários publiquem vídeos e fotos que também somem depois de 24 horas.
Assim como no Snapchat, as “histórias” do Instagram poderão ser vídeos ou fotos, conter inscrições, emojis, desenhos e rabiscos manuscritos. Outra limitação do “modo história” do Instagram é a ausência da opção “curtir”, assim como os comentários. No lugar disso, porém, os usuários podem enviar mensagens diretas ao autor da publicação.
“Com o Instagram Stories você não precisa se preocupar com o excesso de postagens,” afirmou a empresa no comunicado de lançamento oficial. “Em vez disso, você pode compartilhar o quanto quiser usando toda sua criatividade. Você pode dar vida à sua história com o uso de ferramentas de texto e de desenho. As fotos e os vídeos vão desaparecer após 24 horas e não serão exibidos em sua grade do perfil e nem no seu feed.”
O Instagram e o Facebook andam preocupados com o crescimento expressivo do Snapchat, principalmente entre os jovens entre 18 e 24 anos. A plataforma conta atualmente com 150 milhões de usuários diários, enquanto o Facebook, em março deste ano, contou com mais de 1,09 bilhão de pessoas ativas por dia.
A diferença entre o Instagram e o Snapchat pode ser o cuidado que as pessoas tem ao postar as fotos. Enquanto uma foto postada no Instagram levou mais tempo para ser editada, as fotos e vídeos do Snapchat tendem a ser mais naturais e espontâneas, além de não ter a preocupação de postar muito em um só dia.
Ainda em 2011, quando o app foi criado, o Facebook tentou adquirir a startup com uma oferta de US$ 3 bilhões. Em entrevista à Forbes, em 2014, Evan Spiegel, fundador da rede social, afirmou que “o negócio por um ganho de curto prazo não era muito interessante”. Em maio deste ano, a empresa foi avaliada em US$ 20 bilhões.
“A nossa missão sempre foi capturar e dividir as histórias ao redor do mundo, não apenas as histórias mais bonitas ao redor do mundo”, afirmou o CEO Kevin Systrom ao The New York Times. “O ‘Histórias’ vai remover a pressão que muitas pessoas sentem de postar apenas suas melhores fotos.”
Os usuários de ambas as redes sociais não estão sendo muito receptivos quanto às novas mudanças. Muitos dizem que o Instagram está “copiando descaradamente” a ferramenta do Snapchat. Veja abaixo alguns tweets sobre o assunto:
Everyone’s complaining about Instagram stories like that app didn’t die when Facebook bought them.
— EIKNARF (@eiknarf) August 2, 2016
“Todo mundo reclamando o Instagram Stories como se o app não tivesse morrido quando o Facebook comprou”
feel like im just gonna keep doing my story on snapchat & not instagram
¯\_(ツ)_/¯— cat (@catrific) August 2, 2016
“Parece que eu vou continuar postando minhas histórias no snapchat e não no instagram ¯\_(ツ)_/¯”
Já temos o snap pra isso, o que a gente precisa é que o Instagram volte a mostrar a timeline em ordem cronológica. https://t.co/pdZTcCmtwG
— Thiago Pasqualotto (@thiago_p) August 2, 2016
Compartilhe
Veja também
Inclusão racial perde força – e investimentos – no marketing de influência
Profissionais do segmento apontam arrefecimento do interesse das marcas em falar sobre diversidade inclusive no mês da Consciência Negra
Quem são os influenciadores negros mais seguidos no Instagram?
Ranking elaborado pela NetCos traz homens na liderança, com destaque para jogadores de futebol, como Neymar Jr. e Ronaldinho Gaúcho