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Mídia

Instagram libera desenvolvimento de filtros para marcas e usuários

Recurso de criação em realidade aumentada, o Spark AR, vem dando visibilidade a designers e desenvolvedores e agora pode ser usado por toda a comunidade


13 de agosto de 2019 - 13h00

(Crédito: Instagram/Divulgação)

No Stories, do Instagram, um filtro fotográfico coloca o usuário no rosto do Faustão. Outro insere a frase do meme “juntos e shallow now” acima de sua cabeça, assim como dezenas de outras opções com memes. Outros trazem até games que funcionam a partir da interação com a câmera. Uma variedade de filtros customizados do Instagram começou a pipocar na rede social nos últimos dois meses, até então desenvolvidos por um grupo seleto de desenvolvedores, designers e artistas. Nesta terça-feira, 13, o Facebook anuncia a abertura de sua plataforma de criação em realidade aumentada, o Spark AR Studio, para todos os usuários – inclusive perfis de marcas.

A ideia é ampliar as possibilidades de expressão artística e a interatividade dentro do Facebook e do Instagram. O programa funcionava até agora em fase de testes, direcionado a artistas, designers e desenvolvedores selecionados pela plataforma.

“Estamos bastante animados com o que vimos na fase beta fechada”, afirma Silvia Ramazzotti, gerente de marketing de produto do Instagram. O uso do Spark AR é gratuito, e por enquanto não há previsão de monetização relacionada aos filtros. Outra novidade é o lançamento da Galeria de Efeitos no Instagram, um espaço onde usuários podem descobrir filtros de realidade aumentada de forma mais intuitiva.

Globalmente, grandes contas e personalidades como Kylie Jenner, Ariana Grande, Rihanna e Gucci já criaram seus efeitos. “Estamos animados para ver como as marcas brasileiras vão utilizar a ferramenta para conectar com o público do Brasil, que é altamente engajado”, acrescenta Silvia.

A expectativa é de que marcas contem com um formato mais orgânico para se conectarem com usuários. “O filtro é diferente de um formato mais passivo. É uma máscara que as pessoas usam para se expressar como indivíduos e tribos. Acho que os filtros vão começar a entrar no pacote de mídia de agências para marcas”, opina Gustavo Vitulo, designer dono do perfil “@vitulox” e criador do filtro do Faustão, entre outros com memes.

Designers e desenvolvedores em destaque

A viralização dos filtros também dá visibilidade a profissionais que tradicionalmente ficam nos bastidores do processo criativo, os designers e desenvolvedores. Não por acaso, há uma nova leva de “influenciadores designers” no Instagram.

(Crédito: @sereiahipster/reprodução)

A designer Vanessa Dutra, dona do perfil “@sereiahipster”, começou a desenvolver filtros com inspiração em perfis estrangeiros, até encontrar seu nicho nos memes. Criadora de filtros com as frases “juntos e shallow now” e o do “papel de trouxa”, ela viu seu número de seguidores subir de 500 para quase 300 mil em pouco mais de dois meses.

“Os filtros viraram um suporte para divulgar meu trabalho como designer e meu estilo. Consegui ganhar mais voz como profissional, ter acesso a grandes marcas e abrir novos canais de comunicação”, opina.

Gustavo Vitulo também conquistou praticamente toda a sua audiência de 360 mil seguidores por conta dos filtros. Ele conta que todas as suas criações em realidade aumentada já alcançaram mais de 300 milhões de impressões no total. Também acredita que o Spark AR quebrou o paradigma de que é preciso programar para trabalhar com realidade aumentada.

“Há alguns anos atrás, seria necessário uma capacidade de programação muito maior para fazer um filtro, e agora só com conhecimentos básicos de design é possível criar um”, afirma. À medida em que o volume de filtros aumenta, contudo, a tendência é que usuários cobrem por mais qualidade.  “É preciso de mais conhecimentos em programação e interfaces 3D para criar coisas mais complexas, mas por outro lado já há muitos tutoriais, inclusive em português, para o desenvolvimento de filtros mais simples”, finaliza Vanessa.

 

 

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