Justiça dos EUA mantém proposta de divisão do Google
Sob governo Trump, Departamento de Justiça norte-americano reforçou proposta de venda do Chrome, mas modificou exigências relacionadas à inteligência artificial
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Meio & Mensagem
10 de março de 2025 - 11h47
Sob o mandato do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Departamento de Justiça (DOJ) norte-americano manteve a proposta que exige a divisão do Google após acusação de monopólio no mercado.
(Crédito: 2lttgamingroom/Shutterstock)
De acordo com documento divulgado na última sexta-feira, 7, o órgão reforçou a ordem emitida ainda no ano passado, sob a administração do então presidente Joe Biden, ao DOJ, que obrigava a controladora Alphabet a vender o navegador Chrome – o mais popular do mundo. Essa seria uma forma de dar oportunidade a um novo concorrente para que opere um mecanismo de busca com um portal “significativo”.
A medida aconteceu após uma decisão judicial de agosto de 2024, que apontou que a big tech monopolizou ilegalmente o mercado de buscas. Além disso, a companhia também teria pagado a outros navegadores e fabricantes de smartphones para priorizar o Chrome nos aparelhos. O Google chegou a alegar que a força do navegador partia por opção dos usuários, que consideravam o serviço melhor que os concorrentes Bing, da Microsoft, ou o DuckDuckG, por exemplo.
Apesar disso, a justiça norte-americana modificou determinações sobre a participação do Google no mercado de inteligência artificial. Segundo o documento, a companhia liderada por Sundar Pichai não será obrigada a desfazer investimentos na tecnologia – uma medida para também evitar um possível monopólio sobre novas ferramentas. Agora, o Google deverá notificar autoridades federais e estaduais sobre seus investimentos em IA.
Há uma audiência marcada para abril para que o responsável pelo caso, o juiz Amit P. Mehta, ouça os argumentos do governo e do Google. Uma decisão deverá ser tomada até o final de agosto. A empresa também é alvo de uma ação antitruste com sua divisão de adtech.
A decisão é uma surpresa para a companhia, que esperava medidas antitruste mais afrouxadas sob a administração de Trump. A reportagem do The New York Times sobre o caso indica que o novo presidente da Federal Trade Commission (FTC), têm expressado preocupações sobre o domínio das big techs sobre o discurso online. Já o indicado para liderar a divisão antitruste do DOJ, Gail Slater, afirma que players podem desaparecer da internet à medida que apenas duas plataformas fornecem notícias aos americanos, exemplificou.
Líderes como Tim Cook, da Apple; o próprio Pichai, do Google, estiveram presentes na cerimônia de posse de Trump em janeiro. Ainda, os diretores executivos da Meta, OpenAI, Amazon e Perplexity, por exemplo, doaram US$ 1 milhão cada para a cerimônia.
Estão também no radar do DOJ outros casos antitruste envolvendo as gigantes da tecnologia. A Apple enfrenta uma acusação por supostamente monopolizar o mercado de smartphones nos EUA, prejudicando a inovação em apps, produtos e serviços e até mesmo impondo altos custos não apenas a desenvolvedores e empresas, mas também consumidores. Já a Meta teria eliminado a concorrência ao adquirir o Instagram e o WhatsApp, por exemplo.
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