Justiça dos EUA planeja obrigar Google a vender navegador Chrome
Proposta acontece após uma decisão judicial de agosto que constatou que o Google monopolizou ilegalmente o mercado de buscas
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BuscarProposta acontece após uma decisão judicial de agosto que constatou que o Google monopolizou ilegalmente o mercado de buscas
Meio & Mensagem
19 de novembro de 2024 - 17h26
Autoridades antitruste do Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos vão pedir a um juiz que obrigue a Alphabet, controladora do Google, a vender o navegador Chrome, justificando que representa um ponto de acesso importante pelo qual muitas pessoas usam seu mecanismo de busca.
A medida acontece após uma decisão judicial de agosto que constatou que o Google monopolizou ilegalmente o mercado de buscas. O Google informou que pretende recorrer à decisão. O juiz marcou uma audiência de duas semanas em abril de 2025 para discutir as mudanças que a big tech deve realizar e pretende tomar uma decisão até o final de agosto de 2025.
Segundo informações da Bloomberg, o departamento solicitará ainda que o juiz federal Amit Mehta exija medidas adicionais relacionadas a mudanças no uso de inteligência artificial e no sistema operacional de smartphone Android, assim como requisitos de licenciamento de dados, segundo fontes.
Caso as propostas sejam aceitas, elas têm a capacidade de remodelar o mercado de buscas online e indústria emergente de inteligência artificial, uma vez que o Chrome é o navegador mais usado no mundo, segundo último levantamento da StatCounter, serviço de análise de tráfego da web.
Com o navegador mais popular do mundo, o Google também tem uma fonte importante para seu negócio de anúncios, visto que consegue monitorar a atividade de usuários conectados e usar esses dados para direcionar anúncios de forma mais eficaz, gerando a maior parte de sua receita. O Chrome também é peça fundamental para direcionar usuários para o Gemini, principal produto de inteligência artificial do Google.
A vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, Lee-Anne Mulholland, afirmou que o Departamento de Justiça “continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais neste caso”. E acrescentou que: “o governo interferindo desta maneira prejudicaria os consumidores, desenvolvedores e a liderança tecnológica americana, justamente no momento em que é mais necessária”. O Departamento de Justiça não comentou o assunto.
De acordo com fontes, o governo tem a opção de decidir se uma venda é necessária posteriormente, caso alguns dos outros aspectos das medidas recomendadas criem um mercado mais competitivo. Segundo pessoas ligadas ao caso, os estados ainda estão considerando adicionar algumas propostas e alterar alguns detalhes da proposta.
A agência e os estados concordaram em recomendar que o Google seja obrigado a licenciar os resultados e dados do Chrome e dar aos sites mais opções para evitar que seu conteúdo seja usado pelos produtos de inteligência artificial do Google.
Além disso, eles esperam que o Google desvincule seu sistema operacional Android de outros produtos, incluindo a pesquisa e sua loja de aplicativos móveis Google Play, agora vendidos como um pacote. Eles também exigem que o Google compartilhe mais informações com os anunciantes e dê a eles mais controle sobre onde seus anúncios aparecem.
Com informações da Bloomberg*
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