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Justiça dos EUA retoma julgamento do Google sobre monopólio

Juiz federal norte-americano decretou monopólio de pesquisas online, o que poderá resultar na venda forçada do seu navegador Chrome e demais medidas para restaurar a concorrência no segmento


22 de abril de 2025 - 11h32

Teve início na última segunda-feira, 21, uma audiência junto ao Google sobre o monopólio ilegal do mercado de buscas nos Estados Unidos, decretado pelo juiz federal Amit P. Mehta no ano passado.

O intuito, agora, é encontrar medidas corretivas e novas formas de restaurar a competitividade em mercados do tipo. Espera-se que as decisões sejam concluídas entre agosto e setembro.

google monopólio

(Crédito: Joseph Hendrickson/Shutterstock)

O caso foi aberto ainda em 2020 e julgado três anos depois, durante o mandato do então presidente, Joe Biden. O Departamento de Justiça norte-americano alegava que a big tech teria feito acordos com empresas como Apple, Mozilla e Samsung para priorizar seu mecanismo de buscas nos aparelhos, com pagamentos de US$ 26,3 bilhões em 2021, por exemplo. A gigante do Vale do Silício também é alvo de uma ação antitruste com sua divisão de adtech.

Já em março deste ano, o DOJ manteve a proposta da cisão da empresa por meio da venda do seu navegador Chrome. O órgão aponta que essa seria uma maneira de abrir o mercado para um novos concorrente para que opere um mecanismo de busca com um portal “significativo”. Pode haver, ainda, uma determinação de desmembramento do Android.

Além disso, pede que o Google divida dados técnicos com rivais a fim de ajudar possíveis produtos concorrentes.

Havia uma expectativa determinações mais brandas com a chegada de Trump à presidência. Apesar disso, novas lideranças à frente dos órgãos já declararam aplicar medidas antitruste mais agressivas.

De acordo com reportagem do The Washingon Post sobre o caso, a defesa Google classifica as decisões do governo como “extremas” e “fundamentalmente falhas”, alegando que a companhia tenha conquistado sua posição de maneira justa e através de um trabalho árduo e engenhoso.

Uma das propostas da companhia é dar aos fabricantes de smartphones a opção de rescindir contratos com o Google anualmente, com mais liberdade para determinar os aplicativos que seriam embutidos aos aparelhos.

Possíveis determinações da Justiça podem ter impactos significativos sobre como a gigante da tecnologia se posiciona no mercado, sobretudo na era da corrida pela inteligência artificial. No documento emitido pelo DOJ no último mês continha modificações sobre a participação no segmento, determinando que o Google notifique autoridades federais e estaduais sobre seus investimentos em IA.

Paralelamente, o mercado de tecnologia assiste também ao julgamento da Meta por práticas antitruste ao adquirir o Instagram e o WhatsApp. O Federal Trade Comission (FTC) aponta que a big tech tenha minado a concorrência de forma ilegal ao comprar as redes sociais a fim de obter vantagens frente à concorrência e se consolidar no mercado.

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