Kovach critica ?inércia? dos jornais
Para o jornalista e professor norte-americano Bill Kovach, jornais não se mobilizaram por inércia do departamento comercial
Para o jornalista e professor norte-americano Bill Kovach, jornais não se mobilizaram por inércia do departamento comercial
Meio & Mensagem
20 de agosto de 2012 - 3h35
O professor de jornalismo e escritor Bill Kovach entende que os problemas que os jornais vêm enfrentamento na atualidade foram produzidos por uma imobilidade das empresas de notícia em recohecer as mudanças que a era digital trouxe para a indústria da comunicação. “A inércia cultural na indústria jornalística é um grande fator porque a maioria dos jornais não está investindo, devido à forte resistência na área comercial que foca somente vendas impressas”, critica Kovach. Apesar disso, segundo ele, “anúncios digitais inteligentes sejam cada vez mais necessários”.
Kovach é um dos profissionais mais respeitados do jornalismo impresso norte-americano. É co-autor, com Tom Rosenstiel, do livro “Os elementos do jornalismo” (Geração Editorial) e ex-diretor da sucursal de Washington do The New York Times. Foi professor da Universidade Harvard e atualmente dá aulas na Missouri School of Journalism. Ele participou do debate “Fundamentos do jornalismo: por que continuam valendo nas novas mídias”, no 9o Congresso Brasileiro de Jornais, realizado pela Associação Nacional dos Jornais (ANJ), em São Paulo, nessa segunda-feira, 20, e na terça-feira, dia 21.
Leia alguns trechos das declarações de Kovach:
“O estado da indústria jornalística brasileira parece estar melhor do que suas contrapartes americanas, onde o The New York Times luta para se equilibrar, após a queda de suas ações”
"As novas tecnologias dão uma chance para que o interesse público esteja mais bem servido. Mas se essa oportunidade vai ou não ser bem aproveitada depende de como os jornalistas vão aproveitá-las".
“Um estudo do Pew Research aponta que mais de 70% dos adultos americanos usam redes sociais. Deste número, 40% fornecem noticias para sites. Essa pulverização resultou na divisão do dólar publicitário para cobrir vários tipos de mercados. Segundo o próprio Pew, de US$ 11 de receita do jornal impresso, o digital atrai menos de US$ 1. Muito embora a publicidade digital tenha crescido, não chegou nem perto de compensar a perda de 7 para 1 dos impressos”.
“A inércia cultural na indústria jornalística é um grande fator porque a maioria dos jornais não está investindo devido à forte resistência na área comercial que foca somente vendas impressas, muito embora anúncios digitais inteligentes sejam cada vez mais necessários”.
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