Live: o novo desafio das marcas
Conteúdo ao vivo ganha destaque nas estratégias de anunciantes e agências apesar das incertezas sobre relevância, linguagem e abordagem
Conteúdo ao vivo ganha destaque nas estratégias de anunciantes e agências apesar das incertezas sobre relevância, linguagem e abordagem
Luiz Gustavo Pacete
22 de junho de 2017 - 11h37
A opção de live já está no Facebook, no Instagram, no YouTube, tem o Periscope e outras dezenas de plataformas especializadas. Independentemente da forma de distribuição, o formato vem sendo cada vez mais considerado pelas marcas. Com a facilidade de transmissão e custos baixos de produção, surgem os desafios relacionados à linguagem e conteúdo adequado.
O tema foi debate na tarde desta quarta-feira, 21, em um evento promovido pela Everstream, produtora especializada em conteúdo ao vivo. “As pessoas vivem em telas e as tecnologias se reinventaram. Isso abriu caminho para que o ao vivo e outras tecnologias como a realidade virtual ganhassem força”, diz Tadeu Jungle, diretor da Academia de Filmes.
Segundo Tadeu, a Realidade Virtual vive uma nova fase relacionada ao conteúdo ao vivo. “A incorporação do ao vivo na plataforma VR é cada vez mais possível. Já existem startups desenvolvendo kits de transmissão 4K para ao vivo no VR”, conta Jungle. De acordo com Eduardo Bruschi Cardoso, responsávelm pelos projetos digitais da AlmapBBDO, a produção digital em vídeo para redes sociais é uma área em desenvolvimento na agência e que vem sendo responsável por experimentos em conteúdo. “O engajamento e a interação têm sido fundamental para justificar a importância do conteúdo ao vivo”, diz Eduardo.
“Para uma construtora, fazer o ao vivo foi algo polêmico. É um segmento conservador e com um produto bem complexo. Para fazermos o ao vivo demandou um desafio muito grande de mudança de mentalidade”, diz Helga Junqueira, responsável pelo marketing da Even. Segundo ela, o live foi uma forma de mudar a mentalidade da empresa, mas também trouxe muitos desafios e questionamentos. “O ao vivo demanda improviso, saber lidar com o inesperado e a capacidade de controlar situações”, diz Helga.
Robinson Friede, head de marketing digital da Reserva, conta que foi para a empresa montar uma área de experimento de linguagem e entende que o live possui todos os elementos de força do ambiente digital. “Desenvolvemos nossa transmissão para o SPFW ao vivo neste ano, foi algo importante porque estávamos voltando ao evento e o live foi fundamental para trabalharmos com engajamento. O mais importante nisso foi a possibilidade de interligar o live com nosso e-commerce e nossas outras redes gerando engajamento e convertendo em vendas”, diz Robinson .
Compartilhe
Veja também
Marcas promovem ações para divulgar a série Senna, da Netflix
Guaraná Antarctica e Heineken celebram estreia da série sobre o piloto com cinema e latas comemorativas
Inclusão racial perde força – e investimentos – no marketing de influência
Profissionais do segmento apontam arrefecimento do interesse das marcas em falar sobre diversidade inclusive no mês da Consciência Negra