Marcas desperdiçam até R$ 1,57 bilhão ao investir em creators

Meio & Mensagem
24 de março de 2025 - 7h00

Atualizada às 16h56*

Dos R$ 2,18 bilhões por ano movimentado pelo setor de marketing de influência, segundo estimativa da BrandLovers a partir de dados de mercado, até R$ 1,57 bilhão pode estar sendo desperdiçado pelas marcas. Isso é o que indica a recém-lançada pesquisa da empresa.

Até R$ 1,57 bilhão pode estar sendo desperdiçado pelas marcas ao realizar campanhas com influenciadores, segundo pesquisa da BrandLovers (Crédito: PeopleImages.com – Yuri A – shutterstock)

Três motivos principais são responsáveis por esse desperdício, de acordo com o estudo. O primeiro é a escolha inadequada do perfil de creators. Campanhas que usam micro influenciadores conseguem um alcance 65% mais eficiente por real investido, o que pode maximizar o impacto sem aumentar o orçamento.

O segundo fator é a ausência de um método multifatorial para precificação de creators. Apesar de o número de seguidores ser uma métrica relevante, ela precisa ser analisada juntamente com outros indicadores, como impacto, alcance efetivo, segmentação de audiência e otimização do custo por visualização, para garantir uma precificação eficiente e justa.

Por fim, outro fator que pode contribuir para esse desperdício de investimento é a segmentação errada, ou seja, a escolha de creators cuja audiência não está em linha com a ação. Segundo a pesquisa, campanhas mal direcionadas são 3,33 vezes menos eficientes.

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Com isso, caso a segmentação não seja feita com base em dados concretos sobre o perfil da audiência, engajamento real e afinidade com a marca, isso pode significar um desperdício de até 72% do orçamento das campanhas. Para chegar nesses insights, o estudo analisou dados de campanhas com micro, nano e macro criadores de conteúdo.

O CEO da plataforma, Rapha Avellar, destaca que o levantamento – feito com base no banco de dados da BrandLovers, que, hoje, conta com mais de 220 mil creators – indicou que a raiz do problema é a falta de uma abordagem orientada por dados, tecnologia e escala.

Logo, para evitar esse prejuízo, a pesquisa recomenda às marcas a adoção de um planejamento orientado a partir de dados bem estruturados, o que inclui:

• Decisões orientadas por dados além de seguidores e engajamento – utilizar tecnologia para análises preditivas que identifiquem os criadores mais eficazes;
• Pensar como mídia — definir a audiência da campanha antes de selecionar os criadores;
• Precificação estratégica e eficiente — evitar distorções de custo que elevam o investimento sem proporcionalidade no retorno.