Marcas na rede: como aproveitar melhor o Clubhouse
Plataforma pode ajudar anunciantes a construir relevância em determinados assuntos
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Thaís Monteiro
27 de abril de 2021 - 6h00
Apesar de bem recente, a popularidade do Clubhouse também já ocorre entre algumas marcas. O aplicativo de áudio fez com que publishers e anunciantes iniciassem seus próprios perfis, clubes e salas para passar algum aprendizado ou dialogar com a audiência conectada na plataforma de conversas por áudio. A plataforma é benéfica para construção de relevância de marca e ter um ponto de contato de troca com o público.
O Clubhouse é um aplicativo novo. Ele existe desde março de 2020 como um “tipo de produto social baseado na voz, permitindo que pessoas em todos os lugares falem, contem histórias, desenvolvam ideias e criem amizades ao redor do mundo”, descrevem os fundadores Rohan Seth, ex-funcionário do Google, e Paul Davidson, empresário do Vale do Silício. O objetivo era que a plataforma servisse para trocas entre profissionais do Vale do Silício, mas ela ganhou escala quando personalidades influentes começaram a aparecer nas conversas, como Elon Musk, Mark Zuckerberg, Oprah Winfrey e Drake.
Brasil é ponto estratégico para Clubhouse
“O Clubhouse é uma rede social focada em conversas. Nele você entra em uma sala de determinado assunto e pode ouvir a conversa mas também pode participar ativamente dela. Muitos tem comparado ela a um podcast em tempo real por trazer possibilidade de interagir com qualquer pessoa, não importa onde você esteja ou quem você seja”, descreve. A Ogilvy foi responsável por ações de Nescau e Campari na plataforma.
Na opinião de Luiz Telles, diretor nacional de storytelling e inovação da Artplan, a plataforma se tornou atrativa para pessoas que querem aprender nos mais diversos aspectos e sobre variados temas. “A linguagem, a potência da rede está no fato de ser ao vivo, por isso é preciso ser cuidadoso com termos e linguagem, sem perder a espontaneidade”, alerta.
Outro ponto de cuidado é o fato do aplicativo ainda estar restrito para usuários do sistema iOS, que não é prevalente na população brasileira. A empresa diz que está trabalhando em uma versão para o sistema Android. Além disso, ainda não há dados para marcas e configurações de brand safety para marcas.Ao Meio & Mensagem, os executivos dividiram suas opiniões sobre as melhores práticas para uma boa presença de marca na plataforma.
Explorar a pauta
Como o Clubhouse se tornou uma plataforma onde o público busca aprender novas coisas sobre um tema, é necessário fazer um mapeamento do assunto sobre o qual a marca quer tratar em outras comunidades, pra ver como pode contribuir para a discussão com um ponto de vista novo. A escolha de um assunto é uma das chaves do sucesso e engajamento na plataforma. Além disso, o título da sala deve ser imbatível e gerar vontade de descobrir o que está ali.
Preparar terreno
Ter com quem debater é essencial para começar uma conversa no app, então já agende sua sala contando com alguns convidados presentes e um pré-roteiro definido para o início da ação. Quanto mais repertórios dos convidados, mais interessante pode se tornar a sala.
Convide o público
Fique atento aos públicos ouvintes e traga outras pessoas para entrar na conversa. A diversidade de pessoas, ideias e conversas é determinante para o sucesso na plataforma.
Moderação é ponto central
Uma sala com bom ritmo de conversa precisa de um moderador preparado para interromper um convidado e dar a voz a outro, além de sugerir novas questões ou dinâmicas para seguir com o bate-papo. Portanto, é necessário que uma pessoa fique atenta a organização e moderação da sala. A dinâmica da sala deve ser mantida o tempo todo.
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