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Mídia

Mercado fonográfico brasileiro ultrapassa marca dos R$ 3 bilhões

Crescimento é impulsionado pelo streaming que representa 87,6% da receita total, mas vinil puxa recuperação dos meios físicos


20 de março de 2025 - 14h57

O mercado fonográfico brasileiro fechou o ano de 2024 com um faturamento total de R$ 3,486 bilhões, segundo o relatório anual Mercado Brasileiro de Música, da Pro-Música. Essa é a primeira vez que o setor ultrapassa a marca dos R$ 3 bilhões, com um crescimento de 21,7% na comparação com o ano anterior.

Mercado fonográfico

Streaming representa 87,6% da receita total do mercado fonográfico brasileiro (Crédito: Puhhha/ Shutterstock)

No ranking global da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), o Brasil manteve-se na nona posição entre os maiores mercados. A Pro-Música, entidade responsável pelo estudo, representa gravadoras e produtoras fonográficas nacionais.

O crescimento foi puxado pelo avanço do streaming. Em 2024, as plataformas responderam por 87,6% do total da receita do setor com um faturamento de R$3,055 bilhões. Um aumento de 22,5% na comparação com o ano anterior.

Desse montante, as assinaturas de serviços de músicas, como Spotify, Deezer e Apple Music, somaram R$ 2,77 bilhões, com crescimento de 26,9% no período. Já o faturamento dos streamings pelo modelo de publicidade foi de R$ 479 milhões, com um avanço mais modesto de 8,3%.

Os vídeos musicais, financiados por publicidade, cresceram 20,3% e movimentaram uma receita de R$ 499 milhões.

Crescimento fora do streaming

Para além da receita somada pelo streaming, em seus diferentes formatos, outras fontes também contribuíram com o desempenho do setor. Os direitos de execução para produtores, artistas e músicos somaram R$ 386 milhões, uma alta de 14,9%. Já as receitas de sincronização – ou seja, o uso de músicas em publicidade, filmes e séries – cresceram 36% com arrecadação de R$ 19 milhões.

O mercado físico teve seu maior faturamento desde 2017. Ao todo, as vendas somaram R$ 21 milhões, um crescimento de 31,5%. O responsável pela recuperação foi o vinil que, pelo segundo ano consecutivo, foi o formato físico mais vendido. A venda dos vinis cresceu 45,6%, movimentando R$ 16 milhões. Por fim, os CDs registraram faturamento de R$ 5 milhões.

Em dezembro, um estudo da PMP Strategy indicou que criadores de música e audiovisual podem perder R$ 116 bi para a inteligência artificial até 2028. A pesquisa indica ainda que, em 2028, a música gerada por IA representará aproximadamente 20% das receitas de plataformas tradicionais de streaming de música. 

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