Assinar

Meta elimina checagem de fatos e critica “censura” de autoridades internacionais

Buscar

Meta elimina checagem de fatos e critica “censura” de autoridades internacionais

Buscar
Publicidade
Mídia

Meta elimina checagem de fatos e critica “censura” de autoridades internacionais

Em vídeo, Mark Zuckerberg anuncia que a empresa passará a adotar as notas de comunidade e que quer abrir espaço às opiniões e crenças dos usuários


7 de janeiro de 2025 - 12h56

Meta adotará sistema de checagem que já é utilizado pelo X (Crédito: Cristian Valderas / Shutterstock)

Meta adotará sistema de checagem que já é utilizado pelo X (Crédito: Cristian Valderas / Shutterstock)

A Meta anunciou nesta terça-feira, 7, a descontinuação do programa de verificação de fatos que faz parte da plataforma desde 2016, cujo objetivo era fornecer às pessoas mais contexto e informações sobre as notícias e publicações que circulavam na rede.

As mudanças foram comunicadas diretamente pelo fundador da companhia, Mark Zuckerberg, em seu perfil no Instagram. De forma geral, Zuckerberg diz que as ferramentas de checagem acabaram enviesando a opinião e “destruiram mais a verdade” do que ajudaram.

No mesmo vídeo, Zuckerberg faz menção direta à América Latina e cita que autoridades de alguns países pelo mundo estariam censurando o conteúdo das redes sociais e, de certa forma, colaborando com a censura.

“Vamos trabalhar com o presidente Donald Trump para resistir aos governos que, ao redor do mundo, estejam perseguindo empresas americanas e pressionando por mais censura. Os Estados Unidos tem a proteção constitucional mais forte do mundo para a liberdade de expressão. A Europa tem um número cada vez maior de leis institucionalizando a censura e dificultando a inovação. Países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas removam conteúdos de forma silenciosa. A China censurou nossos aplicativos, impedindo que eles funcionem no país. A única maneira de resistir a essa tendência global é com o apoio do governo dos Estados Unidos.

Meta e a nova defesa da liberdade de expressão

Ao longo do vídeo, Zuckerberg explica como funcionará a moderação de conteúdo da Meta. De forma geral, a checagem de conteúdo será eliminada e a companhia adotará a estratégias de notas de comunidade, algo já utilizado pela rede social X, de Elon Musk.

Zuckerberg destacou que as medidas de moderação de conteúdo acabaram por “silenciar” e “censurar” opiniões e deixou claro que o Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp querem ser ambientes de “liberdade de expressão”.

“Quero garantir que as pessoas possam compartilhar suas crenças e experiências em nossas plataformas”, declarou o fundador da Meta.

A Meta mudará, também, a aplicação de filtros para detectar possíveis erros. A partir de agora, os filtros irão detectar apenas violações ilegais e de alta gravidade. O que for considerado como uma violação de baixa gravidade dependerá do relato ou denúncia dos usuários da plataforma. A decisão de manter ou excluir aquele conteúdo, no entanto, caberá à Meta.

No blog oficial da Meta, Joel Kaplan, vice-presidente de global affairs da companhia, também explicou sobre a decisão.

“Ao longo do tempo, acabamos por ter muito conteúdo sendo verificado que as pessoas entendiam como discurso político legítimo e debate. Nosso sistema então adicionou consequências reais na forma de rótulos intrusivos e distribuição reduzida. Um programa destinado a dar mais informação para as pessoas se tornou, com frequência, uma ferramenta de censura”, diz.

O processo de migração começará nos Estados Unidos e deve ser aprimorado ao longo dos próximos meses.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • McDonald’s e iFood se unem distribuir cupons em jogos da CazéTV

    McDonald’s e iFood se unem distribuir cupons em jogos da CazéTV

    Ação acontecerá durante os jogos da Copinha, Paulista masculino e feminino, e Brasileirão, ao longo de todo o ano

  • Record já garante 4 patrocinadores no Paulistão em 2025

    Record já garante 4 patrocinadores no Paulistão em 2025

    BYD, Itaú, McDonald’s e Haleon garantem presença nas transmissões da emissora na TV aberta; outras duas marcas devem entrar no pacote