Meta suspende soluções de IA generativa no Brasil
Decisão da big tech acontece dias após determinação da ANPD, referente à suspensão da coleta de dados dos usuários para treinar a tecnologia
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Meio & Mensagem
18 de julho de 2024 - 11h11
*Atualizada às 11h50
A Meta suspendeu os recursos de inteligência artificial (IA) generativa no Brasil.
A decisão ocorre dias depois de a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) ter determinado a suspensão da vigência da política de privacidade da Meta, atualizada no final de junho, sob uma pena de multa de R$ 50 mil por dia. Com a atualização, o usuário autorizava o uso de dados das plataformas para treinar os sistemas de IA da empresa
Logo após a determinação, a Meta chegou a pedir reconsideração à ANPD – que manteve a Medida Preventiva em relação à política.
A companhia apontava que utilizava informações publicamente disponíveis online e licenciadas. Além disso, fazia uso de dados compartilhados nos produtos e nos serviços da Meta.
Em comunicado, a Meta afirmou que decidiu “suspender ferramentas de IA generativa que estavam ativas no Brasil enquanto engajam com a ANPD para endereçar suas perguntas sobre IA generativa”. A gigante da tecnologia mantém as ferramentas de IA generativa em outras partes do mundo.
O compartilhamento, inclusive, colocou o WhatsApp como alvo de ação. Nessa semana, Ministério Público Federal de São Paulo (MPF/SP) e o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) protocolaram uma ação judicial contra a plataforma.
Segundo os órgãos, a rede social estaria utilizando de forma abusiva as informações pessoais de seus consumidores por meio do WhatsApp, violando a Lei Geral de Proteção de Dados, bem como o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Os órgão preveem uma multa de R$ 1,7 bilhão à Meta.
No que diz respeito à nova política, a big tech apresentou uma atualização em nove de julho, retirando os trechos sobre a coleta de dados para treinar sua IA.
De acordo com apuração realizada por Meio & Mensagem, a suspensão das soluções não tem relação direta com a determinação da ANPD, uma vez que a autoridade pede apenas suspensão da vigência da política de privacidade, e não necessariamente das ferramentas já existentes.
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