“Mobilidade determinará futuro do streaming”, diz CMO do Globoplay
Tiago Lessa, líder de marketing do streaming da Globo, fala sobre a alta demanda e os aprendizados da plataforma no período de pandemia
“Mobilidade determinará futuro do streaming”, diz CMO do Globoplay
Buscar“Mobilidade determinará futuro do streaming”, diz CMO do Globoplay
BuscarTiago Lessa, líder de marketing do streaming da Globo, fala sobre a alta demanda e os aprendizados da plataforma no período de pandemia
Luiz Gustavo Pacete
26 de maio de 2020 - 6h00
O ano de 2020 vinha sendo intitulado por muitos analistas como o “ano da batalha do streaming” considerando o crescimento do Disney +, serviço de streaming da Disney, e da consolidação de plataformas como Prime Video, da Amazon, e Netflix. No entanto, os planos mudaram e diante da alta expressiva na demanda por conteúdo em função do isolamento social causado pela pandemia, as empresas tiveram oportunidade de rever estratégias e dar opções aos consumidores.
Foi o caso do Globoplay que, segundo Tiago Lessa, head de marketing da plataforma de streaming da Globo, acompanhou aumento de assinantes e novas oportunidades de contato neste período. Há alguns dias, a plataforma chegou a sofrer um ataque hacker que repercutiu nas redes sociais, mas logo foi identificado sem causar danos às contas dos usuários.
A entrevista de Tiago Lessa acompanha uma reportagem especial sobre empresas de tecnologia impactas pelo período de isolamento social publicada na edição especial de aniversário 1912 de Meio & Mensagem, que circula com data de 25 de maio de 2020 (disponível na íntegra e gratuitamente no Acervo do jornal).
Meio & Mensagem – Quais foram os impactos imediatos do momento de isolamento no Globoplay? Vocês registraram alta de acesso?
Tiago Lessa – Como a maior parte dos streamings mundiais, o Globoplay teve aumento de assinantes e consumo durante esse período. Além do fato das pessoas estarem mais disponíveis, a intensificação das nossas ofertas de conteúdos potentes para assinantes e não assinantes colaborou bastante para esses resultados. Abrimos conteúdos para não assinantes e intensificamos a oferta de títulos relevantes para nossos assinantes.
M&M – Houve algum tipo de mudança de comportamento no consumo da plataforma, de que maneira isso se deu?
Lessa – Recentemente, observamos um crescimento muito expressivo na categoria de séries. Percebemos um interesse dos assinantes mais jovens por esse gênero. Outra percepção que tivemos foi a de que, com mais tempo disponível, as pessoas buscam muito por conteúdos que remetam à sua memória afetiva. Algumas novelas mais antigas, por exemplo, tiveram um crescimento bastante acentuado nesse período de isolamento social.
M&M – Como vocês se basearam e qual foi o foco na comunicação para este momento? Quais os desafios em ajustar o tom e o discurso de acordo com cada público?
Lessa – Entendemos que o streaming já faz parte do dia a dia das pessoas e que vem se consagrando como uma opção de entretenimento extremamente relevante, especialmente neste período em que as pessoas estão em casa. E o foco da nossa comunicação é fazer com que o público, assinante ou não assinante, das mais variadas idades, gêneros e gostos, saiba que encontrará no Globoplay o conteúdo que se afina com suas predileções.
M&M – Em linhas gerais, de que maneira que esse momento vai alterar a maneira como as pessoas consomem conteúdo?
Lessa – Acredito que a mobilidade de consumo, o poder assistir “o que”, “onde” e “quando” quiser, será a realidade para a maioria dos brasileiros. E entender profundamente esses caminhos, o grande desafio das plataformas de streaming.
A íntegra desta reportagem está publicada na edição semanal de Meio & Mensagem, que até o fim de maio pode ser acessada gratuitamente pela plataforma Acervo (www.meioemensagem.com.br/acervo), onde também está disponível a consulta a todas as edições anteriores que circularam nos 42 anos de história da publicação. Também está aberto a todo o público, gratuitamente, o acesso à versão digital das edições semanais de Meio & Mensagem, no aplicativo para tablets, disponível nos aparelhos com sistema iOS e Android.
Compartilhe
Veja também
Marcas promovem ações para divulgar a série Senna, da Netflix
Guaraná Antarctica e Heineken celebram estreia da série sobre o piloto com cinema e latas comemorativas
Inclusão racial perde força – e investimentos – no marketing de influência
Profissionais do segmento apontam arrefecimento do interesse das marcas em falar sobre diversidade inclusive no mês da Consciência Negra