Grupo quer salvar jornais da Filadélfia
Campanha iniciou após executivos ameaçarem cortar jornalistas experientes e liquidar operações
Campanha iniciou após executivos ameaçarem cortar jornalistas experientes e liquidar operações
Igor Ribeiro
1 de fevereiro de 2013 - 12h56
Liderados pelo sindicato de jornalistas da Filadélfia, profissionais de redação, ativistas, empresários e representantes de comunidades locais formaram um grupo em defesa dos jornais da cidade – principalmente o Philadelphia Enquirer e o Daily News. O movimento teme demissões e até mesmo a descontinuidade desses títulos.
O episódio é mais um capítulo do drama dos impressos americanos, que vêm queda na circulação ano a ano. O Enquirer, o maior da cidade, tinha média superior 700 mil exemplares/dia em 2006. Em setembro 2011, esse número chegou a 482 mil exemplares e, em 2012, a 468 mil, segundo o Audit Bureau of Circulations.
O grupo que controla ambos os jornais mudou de donos em abril de 2012. Mas a nova gestão não tem conseguido minimizar os débitos. Soluções mais drásticas foram aventadas nos últimos meses, entre elas a substituição de jornalistas mais experientes e mais caros por profissionais mais novos e baratos e o fim das operações impressas. Os boatos ganharam força quando os executivos do grupo solicitaram ao sindicato uma autorização de cortes de despesas em salários que somam 7 milhões de dólares e, em seguida, anunciou a possibilidade de demitir jornalistas com longo tempo de casa.
As ameaças suscitaram o movimento “Salvem os Jornais da Filadélfia”, cujo slogan é “Uma grande cidade precisa de grandes jornais”. O grupo tem enviado mensagens e dezenas de milhares de cidadãos pedindo que participem de um abaixo-assinado contra essas medidas e que deem apoio às diferentes atividades do grupo. Uma página no Facebook vem tentando conquistar fãs e a causa vem ganhando destaque na mídia nacional americana.
“Esta luta não se trata mais de compensação aos profissionais da redação (e do comercial, da circulação e de outros profissionais). Trata-se de nós, de nossa democracia e nossa cidade. Trata-se de salvar os grandes jornais que tornam possível uma grande cidade”, diz trecho do manifesto.
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