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O poder dos nano e micro creators no Brasil

Estudo da BrandLovrs indica que nano e micro creators apresentam métricas superiores, mas monetização de conteúdo ainda representa menos da metade da renda


9 de abril de 2024 - 9h20

A BrandLovrs apresentou na segunda-feira, 8, o panorama Creator POV. O estudo foca no impacto dos nano e micro creators no Brasil e mostra que criadores do tipo tem métricas de engajamento, alcance e conversão superiores, mas ainda esbarram em desafios.

nano e micro creators

(Crédito: rh2010/Adobestock)

A análise foi feita a partir da base de 130 mil criadores cadastrados no aplicativo da BrandLovrs.

Os nano e micro são maioria: o Brasil conta com 13 milhões de criadores de conteúdo, dos quais 1% tem mais de 100 mil seguidores e que concentram as oportunidades de monetização. Do restante, a maior parte são nanos com até 10 mil seguidores, e micros, com uma comunidade de até 100 mil pessoas nas redes.

Segundo o estudo, essas duas esferas de criadores de conteúdo lideram em engajamento e conversão. Nano creators aparecem no topo nesse quesito, seguidos dos micro creators, influencers médios (de 100 a 500 mil seguidores). Os macro e celebridades, com até ou mais de 1 milhão de seguidores, ocupam o quarto e quinto lugar, respectivamente.

No que diz respeito à monetização, 80% dos nano apontam que o dinheiro de produção de conteúdo representa menos da metade de sua renda total. Algumas alternativas ao pagamento são as permutas ou acesso a eventos. Apesar disso, 65% deles preferem receber incentivos recorrentes, por campanha ou em contratos de longo prazo. Neste caso, os creators buscam monetização em campanhas de conversão, por exemplo.

A realidade da monetização em relação à renda é a mesma dos nano para 78% dos micro creators. Enquanto 37% preferem receber pagamentos fixos de postagem ou campanha, 24% almejam parcerias de longo prazo com benefícios contínuos.

O lado das marcas

Quase todas as marcas ouvidas pela BrandLovrs (95%) afirmaram que prentendem aumentar ou manter investimentos em marketing de influência. Entre os desafios, encarado por metade das companhias, está a contratação dos creators que estejam em consonância com seus valores e estética (75%). Além disso, há uma preocupação com qualidade de conteúdo e retorno sobre investimento para 38% e 29%, respectivamente.

15% das marcas alegam o desafio da gestão do relacionamento com os criadores, enquanto 13% queixam-se sobre as burocracias jurídicas e financeiras.

A pesquisa abordou o valor que as empresas investem em um combo de um Reels e três stories do Instagram para um nano creator. Mais da metade (60%) pagam entre R$250 e R$2.500.

Contudo, os creators ouvidos pela BrandLovrs alegam que recebem menos de R$ 250 por entregas desse tipo. Por outro lado, 50% das empresas pagam entre R$ 1 mil e R$ 5 mil para criadores de conteúdo micro.

Marcas dos sonhos

O Boticário aparece como a principal marca de beleza as quais os criadores sonham em representar. Depois, aparecem L’Oréal e Sephora. O ranking conta, ainda, com nomes como Mac, Creamy, Natura, Salon Line, Bruna Tavares, Eudora e Wella.

Já em moda, o destaque vai para Nike, Adidas e Renner no top 3. Aparecem também Live!, Shein, C&A, Zara, Riachuelo, Arezzo e Melissa.

No segmento de saúde e fitness, as mais sonhadas são Growth Supplemets, Dux e Max Titanium. Para comidas e bebidas, o top 1 fica com Coca-Cola, seguida de Nestlé e McDonald’s. Os creators citaram grandes marcas, como Heineken, Burger King, Cacau Show, entre outras.

A Samsung ganha a liderança no segmento de eletrônicos. Apple e Electrolux estão na sequência. Quarto e quinto lugares são ocupados por Polishop e Brastemp, respectivamente.

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