Instagram se abre à publicidade
Somente sete agências e 20 marcas estão usando a plataforma, mas com apoio do Facebook, rede social quer ir muito além
Somente sete agências e 20 marcas estão usando a plataforma, mas com apoio do Facebook, rede social quer ir muito além
Isaque Criscuolo
2 de setembro de 2015 - 2h56
A chegada da compra de mídia no Instagram aconteceu no primeiro semestre de 2015 e somente sete agências e 20 marcas estão trabalhando diretamente com a equipe do Instagram para levar anúncios com a qualidade esperada na rede. Entre elas estão Submarino, Kibon e C&A.
Mas a ideia, de acordo com Fabricio Proti, diretor de desenvolvimento de marcas do Instagram para a América Latina, é a de tornar o Instagram mais acessível para negócios de todos os tamanhos. “As marcas entenderam que o conteúdo criativo é o foco da rede social. Existe uma preocupação dessas empresas em unir criatividade e estética para atingir melhores resultados.”
Para o futuro desta relação com as marcas, Proti aponta três pilares seguidos pela plataforma. O primeiro deles é tornar o Instagram mais acessível para negócios de todos os tamanhos, não somente os grandes anunciantes que hoje participam da operação no Brasil, por meio da plataforma de mídia do Facebook. “No futuro próximo, será possível gerenciar anúncios do Instagram pela plataforma de mídia deles”, revela Proti.
Outras metas são oferecer mais opções para os usuários interagirem, por meio de novos formatos e da adoção de um botão call to action (algo que está sendo testado aos poucos nos Estados Unidos e que se trata de uma grande demanda dos anunciantes); e oferecer para anunciantes novas ferramentas de segmentação, seja por idade, gênero, interesse ou localização.
Cuidado na relação
Para vitaminar suas receitas com publicidade, a rede social precisa contornar a revolta de usuários mais dedicados, que ficaram espantados com a chega dos posts patrocinados, em 2015. O trabalho da equipe do Instagram no Brasil tem sido de orientar essas marcas a trabalhar respeitando o hábito do consumidor, sem fugir da proposta da rede social que é oferecer imagens inspiradoras com grande apelo visual.
A rede nasceu em 2010, mobile e focada em conteúdo aspiracional e se tornou uma das mais importantes do país. “Em termos de escala, o Brasil é um dos países mais importantes para o Instagram. Somos a segunda maior base de usuários mundiais”, afirma Proti.
Para ele, o momento é de transição e os anunciantes estão enxergando o Instagram como uma plataforma para construção de marca. Ele acredita que os clientes estão amadurecendo e estabelecendo outros tipos de métricas para avaliar o investimento em mídia nesta e em outras plataformas. “Estamos passando por uma fase de transição. O engajamento e as métricas sociais deixam de ser o foco principal”, diz. Entre estas novas métricas estão pesquisas de branding digital como a Nielsen Brand Effect que conseguem mensurar a construção da marca no longo prazo.
Para Fabrício, o Instagram é onde as marcas possuem um relacionamento de lealdade com seus consumidores e os anúncios tem gerado três vezes mais resultados do que outras plataformas digitais, de acordo com dados do Nielsen Brand Effect. A despeito da atuação tímida e cuidadosa do Instagram no Brasil, em termos de mídia, o futuro indica ser bem extrovertido.
Este conteúdo é parte da reportagem “A vida depois do oba-oba”, capa do Especial Plataformas de Mídia, que circulou junto com a edição 1675 de Meio&Mensagem, com data de capa de 31 de Agosto de 2015.
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