NFT traz fonte de receita e senso de pertencimento
Bruna Botelho, CEO e fundadora da fintech StadiumGO!, detalha KPIs dos NFTs e projeta impactos no mercado B2B e B2C
NFT traz fonte de receita e senso de pertencimento
BuscarNFT traz fonte de receita e senso de pertencimento
BuscarBruna Botelho, CEO e fundadora da fintech StadiumGO!, detalha KPIs dos NFTs e projeta impactos no mercado B2B e B2C
Thaís Monteiro
17 de novembro de 2021 - 7h00
Em agosto deste ano, uma das pioneiras do conceito de influencer, Paris Hilton, trouxe o tópico NFT para a pauta de um dos principais programas televisivos dos Estados Unidos, o The Tonight Show Starring Jimmy Fallon, da NBC. Segundo a herdeira da rede de hotéis Hilton, NFT é o futuro da economia dos creators. No entanto, os NFTs não definirão apenas o futuro do marketing de influência, mas também o de diversos negócios, inclusive de empresas de mídia.
Sigla para token não-fungível (em inglês, non-fungible token – NFT) é uma espécie de certificado digital que comprova a autenticidade e propriedade sobre algo, seja obra de arte, objetos físicos, cenas, músicas ou experiências. A autenticidade dos NFTs é comprovada por redes de blockchain e a venda dos não-fungíveis (que é aquilo que não se consome após o uso) tem gerado receitas multimilionárias. Criadores de conteúdo podem autenticar sua produção e comercializá-la para um indivíduo ou criar ações para o produto. Isso facilita a monetização sobre a criação e restringe sua cópia inautêntica, além de o produto ganhar selo de exclusividade e item colecionável.
No Brasil, os NFTs já são explorados pelo SBT, Vera Fischer, o time Flamengo e Felipe Neto, através da plataforma 9Block, empresa do grupo Play9, da qual Felipe é sócio com João Pedro Paes Leme. Ao Meio & Mensagem, Bruna Botelho, CEO e fundadora da StadiumGO!, fintech voltada a realizar investimento e financiamento no mercado esportivo e de entretenimento e que trabalha com blockchain e NFTs para que fãs se tornem investidores no esporte ou entretenimento, detalha as possibilidades e retornos de apostar em NFTs.
Por que NFTs estão se tornando tendência para o mercado de mídia?
Bruna Botelho – Por causa da própria evolução tecnológica do mercado global, que está cada vez mais dinâmica e atrativa as novas gerações, o que gera o senso de pertencimento e engajamento do indivíduo com a comunidade e marcas que consome. Esse movimento tem forçado o mercado a se digitalizar para continuar falando a mesma linguagem do público, que se tornou mais exigente sobre o formato de relação que quer ter com aquilo que consome, principalmente após o boom de digitalização desse público pela Covid-19. Além disso, é uma nova fonte de receita ao business-to-business e uma ferramenta de reserva de valor ao público.
M&M – Qual é a recompensa de se apostar em NFTs? É só financeira ou trás KPIs importantes?
Bruna – São diversas. As que ganham mais destaque são a força de captação de público miscigenado, pela qual com um mesmo produto se pode atingir os mercados local e internacional, e a financeira como nova fonte de receita recorrente, porque também há royalties envolvidos. Avaliando como produto potencializador de KPIs, o NFT, por ser produto digital, consegue indicar taxas de sucesso de venda, visitação e rejeição, por cliques e compras, sem os dados dos leads, já que tudo corre por blockchain e é descentralizado e não rastreável. Porém, no caso dos nossos criptoativos financeiros NFTs, conseguimos ir muito além nesta análise, pois trazemos o titular do NFT para navegar em nosso aplicativo, onde realizamos a gestão de seu atendimento para prestarmos contas sobre o status de suas investidas.
M&M – O que vale a pena ser transformado em NFT?
Bruna – Pode-se fazer um NFT de, basicamente, qualquer arquivo de imagem e vídeo como, por exemplo, fotografias, filmes e artes gráficas que a indústria de mídia e publicidade utiliza nas criações de conteúdo, permitindo ter o código único em alta deste item. No mercado de varejo o grande foco está no registro de momentos históricos e storytellings de atletas e artistas.
M&M – Quais são as projeções para o futuro do uso de NFTs por comunicadores e marcas?
Bruna – Por diversos motivos, acredito que o NFT deixará de ser visto apenas como token não-fungível para ter usabilidade mais voltada a smart contract do futuro. Para os investidores que já são profissionais, esse serviço traz ainda mais sentido, devido à baixa burocracia do exercício e rendimentos pré-fixados. Estamos gerindo nova tendência financeira. Além do potencial do NFT como ativo, existe a usabilidade que traz ao imortalizar arquivos de mídia para o fã. É como se o seu pôster ou card não sofressem corrosões com o tempo. Nesse sentido, olhando para o B2B, a percepção é que a jurisprudência de direitos autorais deva se caminhar para aderir ao universo NFT no futuro, pois o registro de autenticidade e titularidade das obras já seriam internacionais e mais seguros devido à imortalidade de contratos, governança e transparência que a tecnologia blockchain traz.
**Crédito da imagem no topo: Adrian Grosu/Shutterstock
Compartilhe
Veja também
Governo dos EUA oficializa pedido de divisão entre Google e Chrome
Após ter expressado sua intenção um dia antes, Governo dos Estados Unidos oficializa pedido de separação do Google, por meio da venda de seu navegador Chrome
WhatsApp lança solução para transcrição de áudios
Em fase de lançamento global, recurso está disponível em inglês, português, espanhol e russo