Nohoa Arcanjo: “influência virou canal de aquisição e precisa ser tratada como tal”
Cofundadora e CEO da Creators Plataform, Nohoa Arcanjo, demonstra como creators podem ser usados para conversão e conversas profundas com a audiência
Nohoa Arcanjo: “influência virou canal de aquisição e precisa ser tratada como tal”
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Thaís Monteiro
8 de abril de 2025 - 19h31
Um mercado que deve movimentar US$ 97 bilhões até 2030, o marketing de influência é um mercado que crescerá 27% ao ano entre 2023 a 2023, segundo dados da Grand View Research. Porém, apesar desses números, poucas marcas conseguem escalar o potencial dos creators. Essa opinião foi apresentada por Nohoa Arcanjo, cofundadora e CEO da Creators Platform, no palco do primeiro dia de Mídia Master, evento realizado por Meio & Mensagem dedicado a assuntos ligados ao dia a dia dos profissionais de mídia em agências e anunciantes.
Nohoa Arcanjo, cofundadora e CEO da Creators Platform, convida marcas a testarem capacidades dos influenciadores (Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)
Uma das tendências em voga no mercado de comunicação atual é a criação de áreas dedicadas a alguns formatos de mídia em agências publicitárias, como as focadas em out-of-home (OOH) e em marketing de influência.
Para a executiva, essa divisão se mostra ineficiente do ponto de vista de estratégia e alocação de recursos do anunciante. “Dividir não multiplica. A união ajuda a otimizar as coisas. Cerca de 34% do investimento em mídia digital no Brasil não traz retorno. Acreditamos que isso ocorre pela falta dessa integração. São departamentos que jogam bem, mas jogam separado”, explicou.
Apoiada em uma série de dados, Nohoa argumentou os benefícios de contratar criadores de conteúdo, entre eles um ganho de quatro vezes em conversão em relação à anúncios institucionais, menor custo por aquisição (CPA) e taxa de clique (CTR).
Com a audiência mais participativa, que não se sente interrompida, há maior chances de trocas e conversão para a marca, disse. “Quando falamos de influência, sabemos que quando eu me identifico, eu me deixo influenciar. Quando o anúncio é contextualizado, o seguidor já conhece o influenciador, o assunto e toma decisões (de compra, interação e outras call to action) mais rápidas. Mas estamos falando de comunidade. A marca precisa ter valores comuns com a comunidade, com o canal, com o creator. Quando unimos toda essa inteligência, o post vira protagonista da mídia paga”, argumentou.
Segundo sua experiência, micro e nano influenciadores geram maior poder de engajamento, pois, com uma base menor de seguidores, conseguem dar atenção mais individualizada para o público. Com influenciadores de porte maior, há maior capacidade de awareness, mas há a necessidade de sustentação até levar a uma conversão propriamente dita.
Das 20 milhões de pessoas que se intitulam criadores no Brasil, apenas 1% tem mais de 100 mil seguidores, conforme dados que Nohoa puxou do Influencer Marketing Hub, Statista e Nielsen. No entanto, as marcas temem trabalhar com creators menores pela impressão de que a qualidade do conteúdo será menor, disse.
“Temos uma boa notícia para o mercado. Esse segmento está se especializando com o uso de IA e outras ferramentas. Há cursos e até faculdade de influência. Esse mercado está se profissionalizando e esses creators já contam com suporte tecnológico”, apontou.
A executiva convidou os participantes a fazerem experiências com creators, testando diferentes assets para compreender quais formatos, posições ou diferentes variáveis funcionam melhor.
Conforme Nohoa, anúncios nativos com alma de conteúdo retém mais audiência e ampliam alcance. Ela sugere validar o trabalho orgânico do influenciador a partir de análise de dados e, depois, impulsionar. “É importante perceber que a influência virou canal de aquisição e precisa ser tratada como tal”, declarou.
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