NY Times enfrenta novos desafios em vídeo

Igor Ribeiro
16 de setembro de 2013 - 9h53

Rebecca Howard é a diretora geral de vídeos do New York Times desde março deste ano. Não por acaso, a produção se renovou e saiu do paywall da empresa em abril. “Sem dúvida está crescendo a audiência, as pessoas estão ficando mais tempo e, depois de ver o primeiro, vão ao segundo, terceiro vídeo”, diz Rebecca, em referência à estratégia para tornar o conteúdo audiovisual do jornal mais conhecido. Em julho, o número médio de unique visitors foi de 2,2 milhões de pessoas, que ficaram em média 33 minutos assistindo aos vídeos. Veja a seguir alguns dos destaques do setor de vídeos do jornal segundo Rebecca. A íntegra desta entrevista está publicada na edição 1577, de 16 de setembro, exclusivamente para assinantes, disponível nas versões impressa e para tablets do Meio & Mensagem.

Hannah’s Story
“Fizemos um documentário chamado Hannah’s Story que foi muito bem recebido, sobre um time de basquete feminino, seus sucessos e fracassos, segundo os olhos da Hannah, uma jogadora. É um modo de humanizar, na figura dessa personagem, uma questão mais ampla que é a situação dessas atletas amadoras. Foi uma produção trabalhada lado a lado com a redação, mas muita gente comentou que ficou particularmente emocionada com o vídeo.”

Modern Love
“A série Modern Love é produzida na casa, mas convidamos animadores de fora da empresa para colaborarem com os vídeos. Pegamos a coluna semanal, encontramos a melhor leitura dela para uma animação, gravamos o áudio aqui e fazemos um brieffing com um artista, que depois nos envia o material e finalizamos aqui.”  

Op-Docs
“São documentaristas reconhecidos ou novos talentos com abordagens interessantes, que não trabalham no Times, nos mandam um curta-metragem pronto, com uma mensagem que tem a ver com nosso editorial.”  

Retro-Report
“Chama a atenção voltar a uma história que esteve no noticiário nos anos 1970 ou 1980 para ver o que ocorreu depois. Muitos viciados em notícia se interessam por essas revisitas, ainda mais com histórias tão bem contadas. Sinto que conteúdos de nicho sempre chamam a atenção e estamos atrás desses parceiros.” 

Gastronomia
“Criamos uma network de canais, todos com conteúdo original com potencial para se tornar um programa de TV. Temos, por exemplo programas de culinária com Melissa Clark e Mark Bittman, nossas estrelas nessa área, e as pessoas estão muito interessadas nesse formato. E acreditamos que muitos produtos assim têm de ter potencial para pular de plataformas.” 

Snow Fall
“Acho que podemos sempre trabalhar mais próximos, assim como com a equipe de interatividade. (…) O especial Snow Fall nos tomou muito tempo, mas é claro que queremos fazer de novo quando tivermos oportunidade. Fizemos outro recentemente sobre refugiados sírios com bastante interatividade, sempre vamos explorar essa possibilidade.” (Especial completo aqui)