O caso Alex Jones e a batalha contra fake news
Apple, Google, Facebook e Spotify retiraram do ar o conteúdo ligado ao americano que divulga teorias conspiratórias na rede
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Teresa Levin
10 de agosto de 2018 - 14h17
Plataformas retiraram o conteúdo produzido pelo InfoWars, de Alex Jones, do ar (Crédito: AdAge)
Em mais um passo contra a disseminação de notícias falsas e de conteúdo reacionário e inapropriado, que vai contra as diretrizes que defendem, Apple, Google, Facebook e Spotify retiraram de suas plataformas páginas e sites ligados ao americano Alex Jones. Ele é o nome a frente do Infowars, um portal conservador que defende ideias como a de que os atentados de 11 de setembro de 2001 foram arquitetados pelo governo americano ou ainda de que o massacre na escola Sandy Hook, de Connecticut, em 2012, foi uma farsa.
Apesar de ter um número alto de seguidores – apenas uma de suas quatro páginas no Facebook tinha 1,7 milhão de inscritos -, as empresas não se intimidaram na batalha que travam contra a disseminação de conteúdo inapropriado nas redes. Segundo o New York Times, o Facebook alegou que Jones violou suas políticas ao glorificar a violência e usar uma linguagem desumana para descrever pessoas que são transgênero, muçulmanos e imigrantes. Já a Apple proibiu cinco dos seis podcasts do Infowars em seu serviço por considerar que poderiam ser interpretados como racistas, misóginos ou homofóbicos, além de incitar o ódio. Ainda de acordo com a publicação norte-americana, o YouTube encerrou o canal de Jones que acumulava 2,4 milhões de inscritos e bilhões de views em seus vídeos por violar sua política repetidamente, incluindo também aí a incitação ao ódio em seus discursos.O movimento que acontece hoje nos Estados Unidos aponta a direção que estas plataformas devem seguir em outros mercados. Como forma de combater as chamadas fake news e ainda todo o conteúdo que é considerado contrário as suas diretrizes, alguns destes players tem se mobilizado para excluir páginas que não só trazem notícias falsas, mas que muitas vezes pregam o preconceito e defendem posições radicais e contrárias ao considerado como senso comum.
No Brasil, recentemente o Facebook retirou quase 200 páginas e 90 perfis do ar, em sua maior parte ligados ao Movimento Brasil Livre, o MBL. Eles teriam violado a política de autenticidade do Facebook e estariam sendo utilizados pelo grupo político de direita. Ainda no mercado brasileiro, em maio deste ano o Facebook assinou um acordo com a Lupa e a Aos Fatos, agências de checagem de fatos. O movimento aponta claramente na direção da plataforma de varrer a disseminação de notícias falsas, atuando de forma ativa no combate à desinformação.
Com informações do AdAge.
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