O impacto da abertura do Facebook à auditoria externa
Plataforma concordou em submeter seus dados ao órgão de supervisão da indústria de mídia nos Estados Unidos
O impacto da abertura do Facebook à auditoria externa
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BuscarPlataforma concordou em submeter seus dados ao órgão de supervisão da indústria de mídia nos Estados Unidos
Luiz Gustavo Pacete
15 de fevereiro de 2017 - 10h08
Facebook levará conteúdo em vídeo para a TV
Pressionado para oferecer mais transparência ao mercado, o Facebook anunciou, na última sexta-feira, 10, que vai submeter seus dados à auditória do órgão que supervisiona a indústria de mídia nos Estados Unidos conhecido como Conselho de Classificação da Mídia (MRC). Em comunicado, a empresa informou que transparência tornou-se prioridade. “O objetivo é prestar contas e fazer com que nossos dados sejam plenamente capazes de ser verificados”, disse a empresa.
Para Carlos Pichu, CEO da Salve TribalWorldwide, as medidas anunciadas pelo Facebook são positivas para a própria plataforma. “Me parece imprescindível pra qualquer meio ser transparente e inquestionável nos seus meios de mensuração de audiência”, diz Pitchu.
“É um dos temas mais relevantes para o futuro da gestão da comunicação de marcas: como os grandes players digitais vão provar suas entregas”
De acordo com Luciana Bazanella, profissional com passagens pela AG2 Nurun e atualmente consultora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as ações da plataforma voltadas à transparência são urgentes. “Estava mais do que na hora do Facebook sair da atitude ‘caixa preta’ para os anunciantes e priorizar a transparência nas relações. Chama a atenção, no entanto, a lentidão deste movimento para os ‘padrões Facebook’, extremamente ágil em implementações na plataforma que turbinem os negócios, mas nem tanto em aspectos que de alguma forma interfiram no seu modelo auto-centrado de criar, medir e cobrar sem interferência externa”.
Facebook abre dados para auditorias
De acordo com Luciana, no momento em que a própria plataforma admite ter inflado suas métricas, é inevitável perguntar-se o que mais a plataforma pode ter ocultado. “Acompanho este assunto com avidez, pois é um dos temas mais relevantes para o futuro da gestão da comunicação de marcas: como os grandes players digitais vão provar suas entregas e consolidar a tão recente “digitalização” das estratégias de mídia no Brasil”, conclui. A empresa está sob alvo de críticas desde o ano passado após admitir publicamente imprecisões em suas métricas de vídeo. O Facebook também vem anunciando uma série de medidas para lidar com os temas das notícias falsas.
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