O papel de Elon Musk – e do X – no novo governo de Donald Trump
Bilionário e proprietário da rede social foi convidado pelo presidente eleito para liderar uma nova comissão de eficiência governamental
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Meio & Mensagem
7 de novembro de 2024 - 6h20
Na madrugada dessa quarta-feira, 6, quando a apuração nos Estados Unidos ainda estava em andamento, mas os resultados já indicavam a iminência da vitória de Donald Trump, o republicano seu primeiro discurso, para apoiadores, na Flórida, já em tom de celebração. Entre diversos agradecimentos, um longo trecho foi dedicado a Elon Musk, homem mais rico do mundo e um dos mais importantes apoiadores da campanha que elegeu, mais uma vez, Trump para o posto de presidente dos Estados Unidos.
“Ele é um personagem, um cara e um super gênio. Precisamos proteger nossos gênios. Não temos muitos deles”, disse Trump. O presidente eleito citou que o bilionário passou as duas últimas semanas fazendo campanha para ele na Pensilvânia, um dos estados cruciais para a eleição. Trump também destacou ter acompanhado o mais recente lançamento da SpaceX, feito por Musk, e conversado com o bilionário sobre os investimentos no espaço e sobre as possibilidades geradas pela Starlink.
O apoio do CEO da Tesla e proprietário da rede social X a Trump foi contundente ao longo dos últimos meses. Além de usar sua própria rede social para publicar mensagens a favor do republicano para seus mais de 203 milhões de seguidores, Musk doou mais de US$ 100 milhões, no total, ao comitê de campanha de Trump e, em outubro, liderou uma ofensiva que repercutiu na mídia: sorteou, diariamente, um prêmio de US$ 1 milhão para eleitores que se se diziam indecisos em relação à escolha nas urnas, mas que se posicionavam como defensores da liberdade da expressão.
Esse apoio deve fazer de Musk não apenas uma das vozes mais potentes pró-Trump como, também, garantir a entrada do empresário no novo governo do republicano, que terá início em janeiro.
A imprensa internacional já noticiou que Trump, ainda antes da eleição, teria prometido a Musk a liderança de uma espécie de auditoria de eficiência governamental, cuja proposta seria, de forma superficial, recomendar medidas para reduzir custos e diminuir o que ele classifica como burocracia federal.
Entre essas atribuições, segundo o Financial Times, estaria uma forte influência em políticas de assuntos como a regulação de inteligência artificial, exploração espacial e fabricação de veículos elétricos – temas diretamente ligados aos negócios de Musk.
Também segundo a publicação norte-americana, no período de pouco mais de 24 horas desde o início das eleições no País, Elon Musk fez cerca de 200 posts no X. Todo o conteúdo era formado por mensagens sobre a corrida eleitoral, exaltação a Trump e celebração da vitória.
Os frutos já vieram rápido. Nessa quarta-feira, 6, após o resultado das eleições, as ações da Tesla cresceram 13% em valorização, segundo a empresa internacional.
Caso realmente Trump cumpra a promessa e entregue ao CEO da Tesla um cargo estratégico em seu governo, Musk pode levar à Casa Branca alguns de seus aliados no segmento de tecnologia, de acordo com a imprensa dos Estados Unidos. Entre eles, estariam David Sacks, criador de podcasts e investidor de tecnologia e Palmer Luckey, cofundador da startup de tecnologia de defesa Anduril.
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