O que levou o Twitter ao primeiro lucro em 2017
Fiamma Zarife, diretora-geral da plataforma no Brasil, fala sobre as mudanças aplicadas desde 2016 e o foco no tripé: consumidor, marcas e parceiros
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Luiz Gustavo Pacete
16 de fevereiro de 2018 - 7h30
Na semana passada, o Twitter comunicou seu primeiro lucro desde que abriu capital, em 2013. Os ganhos da empresa no último trimestre de 2017 foram de US$ 91 milhões com uma receita de US$ 732 milhões. No consolidado do ano passado, a plataforma faturou US$ 2,4 bilhões com perdas de US$ 167,1 milhões.
Dentre os principais motivos para o primeiro resultado positivo estão novas funcionalidades como a alteração no limite de caracteres por publicação, a criação de bots de atendimento por marcas e a transmissão de jogos de eSports e competições da NBB. Ao Meio & Mensagem, Fiamma Zarife, diretora-geral do Twitter Brasil, afirma que o resultado é fruto de um trabalho iniciado em 2016 e que teve o Brasil como mercado estratégico.
“Desde que iniciamos nossa operação no País, em 2013, o Twitter tem atingido crescimento anual de dois dígitos. Isso comprova que estamos conseguindo mostrar às marcas e aos nossos parceiros o valor que podemos adicionar a suas estratégias”, afirma Fiamma. Ela ressalta que grandes eventos como o Rock in Rio também foram importantes para os resultados e maior participação de marcas no microblog.
“Esse resultado se deve a iniciativas em duas vertentes: a do consumidor final e a das marcas e parceiros”
Meio & Mensagem – Nos últimos dois anos, o Twitter teve momentos bem agitados, parcerias em conteúdo próprio e investimentos. De que maneira eles contribuíram para o resultado recente da plataforma?
Fiamma Zarife – Começamos a colher globalmente os frutos de uma estratégia que vem sendo implementada desde o fim de 2016. Esse resultado se deve a iniciativas em duas vertentes: a do consumidor final e a das marcas e parceiros. Do lado do consumidor, buscamos formas de melhorar a experiência do usuário. Já em relação a marcas e parceiros, aprimoramos os formatos e soluções de anúncios no Twitter, o que tem proporcionado aos anunciantes um melhor retorno sobre investimento. Em termos globais, no último trimestre de 2017, a taxa de engajamento em anúncios foi 75% superior na comparação ano contra ano, enquanto o chamado custo por engajamento (CPE) caiu 42%.
M&M – Qual o papel e o peso do Brasil neste contexto?
Fiamma – Desde que iniciamos nossa operação no país, em 2013, o Twitter tem atingido crescimento anual de dois dígitos. Isso comprova que estamos conseguindo mostrar às marcas e aos nossos parceiros o valor que podemos adicionar a suas estratégias. Grandes eventos como o Rock in Rio foram importantes para atingirmos bons resultados em 2017, assim como a oportunidade de as marcas participarem de conversas sobre temas de interesse do consumidor no Twitter. Além da música, este é o caso de assuntos relacionados a esportes, notícias, televisão e entretenimento de maneira geral.
“Por sermos uma plataforma pública e aberta, nossa comunidade global tem a possibilidade de ver, apontar e corrigir inverdades em tempo real”
M&M – Vivemos um período importante de discussão sobre fake news e o papel das plataformas. Como a empresa lida com o tema e o que ela tem feito para lidar com o assunto?
Fiamma – O Twitter está comprometido em lutar contra a desinformação e o nosso trabalho é contínuo, indo além de qualquer período específico. Por sermos uma plataforma pública e aberta, nossa comunidade global de usuários, incluindo veículos de comunicação de todo o mundo, tem a possibilidade de ver, apontar e corrigir inverdades em tempo real.
M&M – Qual será o foco do Twitter em 2018 e quais áreas serão mais relevantes dentro da empresa em termos de novidades e opções para as marcas?
Fiamma – Pretendemos trazer novos produtos relacionados ao ecossistema de vídeo, como parcerias de conteúdo e live; daremos seguimento ao nosso trabalho com terceiros para trazer mais transparência e credibilidade à mensuração de resultados de campanhas; ampliaremos a oferta de soluções em anúncios no Twitter; e vamos continuar trabalhando em conjunto com às marcas para que elas sejam o que está acontecendo ao atingir seus objetivos de negócio. Vemos ótimas oportunidades de engajamento entre marcas e consumidores em grandes eventos como Lollapalooza e Copa do Mundo.
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