Olimpíada de Tóquio renderá mais de R$ 580 milhões à Globo
Plano comercial contempla TV aberta, SporTV e Globoesporte.com e possui seis cotas de patrocínio, com valor de R$ 96,9 milhões cada
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Bárbara Sacchitiello
8 de janeiro de 2020 - 6h00
Atualizada em 9/01, às 12h51
Principal competição esportiva do ano, os Jogos Olímpicos de Tóquio devem ampliar o faturamento da Globo em 2020. A emissora já enviou às agências de publicidade o plano comercial da cobertura do evento – que, assim como o Futebol, irá contemplar os diferentes veículos da casa (TV aberta, SporTV e GloboEsporte.com).
Por cada uma das seis cotas de patrocínio oferecidas no plano, a Globo está cobrando o valor de R$ 96.900 milhões. O valor compreende a exibição da marca em todas as transmissões esportivas dos jogos Olímpicos, bem como nas chamadas da competição dos telejornais e demais programas da emissora.
O preço do patrocínio da Olimpíada de Tóquio é bem menor do que o cobrado pela emissora nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016 (quando cada uma das cotas de patrocínio tinha preço de tabela de R$ 255 milhões). Um fator, no entanto, pode explicar a diferença de valores: em 2016, a Globo iniciou o projeto de cobertura dos Jogos Olímpicos do Rio em 2015, acompanhando toda a preparação do evento e fazendo um aquecimento na programação para a cobertura dos Jogos – que, pela primeira vez, aconteceram no Brasil. Os patrocinadores, portanto, tiveram praticamente dois anos de exposição na programação da casa, o que inflou o valor do plano comercial.
Em 2020, a proposta oferecida pela Globo contempla a inserção das marcas entre os meses de fevereiro e agosto, quando terminam os Jogos Olímpicos.
Oportunidades extras
Além da comercialização das seis cotas de patrocínio, a Globo também pode incrementar as cifras comerciais da Olimpíada de outras formas. O plano comercial da emissora apresenta algumas oportunidades extras de inserções para outras marcas que também queiram entrar na cobertura Olímpica. Entre essas opções estão o Top de 5 segundos, a participação em eventos locais e regionais e outros projetos especiais que a emissora poderá definir junto aos anunciantes.
Essas ações customizadas, aliás, tem sido uma das marcas da gestão comercial de Eduardo Schaeffer, que assumiu a diretoria de negócios integrados da Globo em março do ano passado. Assim como fez com o elenco de narradores e comentaristas do futebol, liberando-os para a participação de ações de merchandising e campanhas publicitárias, a Globo também colocou seu elenco olímpico à disposição dos patrocinadores.
Reformulação da estratégia comercial
No ano passado, bem antes da apresentação desse plano comercial integrado, a Globosat havia apresentado ao mercado publicitário um outro projeto comercial da Olimpíada que abrangia exclusivamente o canal SporTV e suas respectivas plataformas digitais. Esse plano, divulgado em junho de 2019, tinha seis cotas de patrocínio, com valor de tabela de R$ 114 milhões (cada).
A primeira versão desta reportagem trazia a informação de que o projeto comercial da Globosat continua existindo mesmo com o lançamento desse novo pacote olímpico integrado. A Globo, no entanto, informou à reportagem de que existe apenas um pacote (o de entrega integra) disponível no mercado. O anterior, da Globosat, foi retirado das agências de publicidade por estratégia da área comercial da Globo por conta do processo de integração das empresas do Grupo. Veja, na íntegra, a nota da emissora sobre o pacote comercial dos Jogos Olímpicos:
“Há a disposição do mercado apenas um projeto comercial para patrocínio dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 no Esporte da Globo. Integrado entre TV aberta, fechada e ambiente digital, possibilita ao patrocinador atrelar sua marca e mensagens à ampla cobertura que está sendo preparada para a competição, com oito canais dedicados do SporTV, mais de 200 horas de transmissões ao vivo na TV Globo, além da cobertura em tempo real, com uma série de serviços e ambientes de interativos no Globoesporte.com.”
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