Os desafios e desigualdades dos influenciadores das favelas

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Os desafios e desigualdades dos influenciadores das favelas

Pesquisa realizada pela Digital Favela em parceira com o YouPix e apresentada na Expo Favela aponta que creators de comunidades são menos remunerados


1 de dezembro de 2023 - 18h56

Influenciadores favelas

(Crédito: Adobe Stock)

Nove entre dez criadores de conteúdo que moram em favelas acreditam que são menos remunerados pelas empresas do que creators que vivem em regiões fora de comunidades.

Esse foi um dos insights revelados pela pesquisa “Creators de Favela”, apresentada nesta sexta-feira, 1, na Expo Favela Innovation Brasil.

O estudo foi realizado pela Digital Favela em parceria com o Data Favela e o Youpix com a proposta de traçar um panorama dos criadores de conteúdo que vivem e produzem em comunidades.

São poucos, contudo, que conseguem sobreviver apenas com essa atividade. Segundo a pesquisa, apenas 20% dos criadores de conteúdo de favelas conseguem ter a produção digital como sua principal fonte de renda.

A maioria (71%) diz que uma parte da sua renda vem da atividade como influenciador, mas não a principal. E, 68% desses criadores de comunidades avaliam que o retorno financeiro obtido com esse trabalho é ruim.

Dificuldades de parcerias com marcas

Outro ponto apontado pela pesquisa é que, em comparação com outros criadores de conteúdo, os creators de favela consideram, em sua maioria (64%), que tem mais dificuldades para se aproximar de marcas e parceiros.

Ainda, 58% deles dizem que enfrentam obstáculos para ampliar seus canais dentro das plataformas. E oito em cada dez creators responderam que já aceitaram ou aceitariam fazer um trabalho para uma marca ou empresa ainda que fosse pelo valor abaixo do pedido.

O estudo também mostrou a importância da comunidade para o trabalho desses criadores. Para 39% deles, as empresas e empreendedores da própria favela são seus principais parceiros de trabalho; 25% dizem que conseguem encontrar oportunidades fora das comunidades e apenas 12% dizem que fazem trabalhos com grandes empresas e multinacionais.

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