Os impactos da pandemia nos hábitos das crianças
Pesquisa da Unidade Infantil dos canais Globo revela que 70% dos pais aumentaram o consumo de vídeo no lar nesse período
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Bárbara Sacchitiello
8 de dezembro de 2021 - 14h43
De uma forma ou de outra, todos os lares acabarem sendo impactados pelas mudanças trazidas pela pandemia de Covid-19. Desde o ano passado, as famílias tiveram de buscar outras formas de organizar suas rotinas de trabalho, estudo, lazer e até mesmo a permanência no ambiente doméstico.
Para compreender como esse período cheio de turbulências impactou as crianças em idade pré-escolar, a Unidade Infantil da Globo, composta pelos canais Gloob e Gloobinho, elaborou o estudo “Passos e Descompassos da Primeira Infância”, que ouviu mais de mil pais de crianças de 2 a 5 anos de idade, de diferentes regiões do Brasil. A pesquisa foi realizada em parceria com o Coletivo Tsuru e Quantas. O resultado do estudo faz parte da plataforma Gente, área da Globo dedicada à pesquisas sobre o comportamento dos consumidores.
A primeira – e óbvia – constatação do estudo é de que a Covid-19 impôs às famílias a um novo modo de vida, repleto de restrições e isolamento. A cada dez pais entrevistados na pesquisa, nove confirmam que as rotinas de suas casas foram bastante afetadas.
Dentro desse grupo, 53% destacaram a percepção de que, durante a pandemia, os dias pareciam ser sempre iguais, sem distinção entre o fim de semana e os dias úteis. Para 59% desses pais, o pijama é o traje que representa bem o período do isolamento, o que comprova que a maior tempo do tempo, ao longo de 2020 e de 2021, foi passada dentro de casa.
Essa necessidade de permanecer mais tempo no lar fez com que o consumo familiar de vídeos aumentasse: 70% dos pais afirmaram ter notado um aumento no tempo dedicado aos vídeos, dando por parte de seus filhos, como deles próprios. Outra percepção do estudo foi que, apesar de todos os receios e circunstâncias tristes do período, 86% dos pais se declaram mais felizes por terem conseguido, de alguma maneira, ficar mais próximos de seus filhos nesse período.
Outra mudança no comportamento infantil apurada pelos canais da Globo é um paradoxo. Ao mesmo tempo em que a pandemia obrigou muitas crianças a executarem atividades de forma independente, como tomar banho, comer e se vestir, as carências emocionais aumentaram. Com menos vida social, os pequenos requisitaram mais atenção dos adultos. Nesse ponto, as telas acabaram sendo aliadas. Entre os entrevistados, 75% dizem que a televisão é um auxílio para que eles (os adultos) consigam cumprir suas tarefas profissionais e domésticas. Apesar disso, a supervisão é integral: 84% garantem estar sempre atentos ao que os pequenos assistem.
“Com esses resultados, esperamos contribuir com a sociedade e com as marcas nesse entendimento e na construção de mensagens que criem conexão e inspiração. Agora, mais do que nunca, precisamos pensar coletivamente e escolher como vamos ressignificar as nossas histórias e crescer com elas”, comenta Luciane Neno, gerente de marketing e plataformas digitais da unidade infantil da Globo.
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