Os planos da LiveMode para seu fundo de investimentos
Agência quer se associar a ligas e entidades esportivas para fazer parte do processo de compra, venda e desenvolvimento de produtos
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Valeria Contado
6 de junho de 2024 - 7h58
Atualizado em 06/06 às 16:50h.
Em abril deste ano, a LiveMode anunciou a captação de investimentos da General Atlantic e XP. Esse capital se tornou importante para que a empresa de mídia esportiva impulsione os seus investimentos em propriedades a longo prazo.
Isso significa que a agência passará a se associar a essas propriedades, também, a fim de expandir a sua presença nacional e global. Para isso, o valor será destinado a três frentes: ligas de futebol, esportes olímpicos e esportes emergentes.
Leo Lenz Cesar, sócio da LiveMode, explica, abaixo, quais são os planos da agência para desenvolver os projetos, oportunidades e relacionamento com as marcas.
“A LiveMode tem uma trajetória extremamente bem sucedida como agência. Ela nasce como uma empresa que presta esses serviços de valor agregado para entidades esportivas com solução. Produzimos conteúdo ao vivo e não ao vivo, temos soluções de distribuição, como por exemplo a CazéTV, vendemos os direitos de transmissão e projetos de patrocínio. Isso continua existindo com um plano ambicioso para crescer. No meio da história da LiveMode surge a CazéTV, em parceria com Casimiro Miguel, como uma solução para transmitirmos conteúdo. Desde então, fizemos parcerias e tivemos acesso ao Campeonato Paulista, Jogos Olímpicos, Copa do Mundo, entre outros. Isso acontece, porque o detentor precisava de uma solução de transmissão diferente que não encontramos no mercado, e o canal foi uma solução que funcionou para o detentor e para nós. Essa terceira vertente, que nasce com acesso ao capital próprio para podermos investir e sermos sócios de entidades esportivas, para eles crescerem mais rápido. Vamos fazer isso usando os elementos que temos, que são ferramentas muito poderosas que geralmente usamos como prestadores de serviço e agora poderemos usar do outro lado, sendo sócios também. Nossa ideia é fazer entre quatro e seis investimentos nos próximos dois anos, e para cada um desses teremos um grupo de pessoas que vão se dedicar exclusivamente a isso. Vamos crescer dessa forma.”
“Queremos investir em oportunidades para fomentar a combinação de capital e a nossa capacidade de geração de valor para as propriedades esportivas usando o dinheiro e a nossa expertise. Em termos de propriedade, queremos falar com todo o mercado interessado em esportes. Separamos isso em alguns territórios. Temos oportunidades como ligas de futebol, esportes olímpicos, esportes emergentes e oportunidades fora do Brasil. Sendo sócios podemos ajudar essas modalidades e entidades a produzirem conteúdo tanto ao vivo, quanto não ao vivo, a distribuir esse produto através de diversas plataformas e gerar inteligência para essa distribuição e na forma como geramos receita, principalmente na venda de direitos e no patrocínio. Tudo isso, sendo sócios.”
“Serão investimentos a longo prazo. Não queremos fazer acordos de cinco, dez anos e sim acordos de 50 anos. É um projeto que tende a ser longo, pois são ideias próprias. Além disso, queremos fazer, ao longo desses dois anos, entre quatro e seis investimentos. Já temos conversas avançadas para algumas oportunidades e esperamos poder anunciar esse ano . Teremos investimentos em projetos e em ações que criadas do zero dentro de um escopo bem diferente, teremos um pouco de tudo, além de termos a oportunidade de fazer movimentos que impulsionem a diversidade para o esporte. A ideia é ter uma visão ampla e olhar para coisas diferentes e por isso essa crença de que se tem um pouco de tudo. Dentro desses investimentos, queremos fazer coisas que sejam diferentes, com um potencial de crescimento. Existem muitos esportes que tem esse potencial, que com o investimento em capital terão a capacidade poderia ser maior. Os nossos investidores são fundos que olham para criar negócios globais e geralmente trabalham junto com a companhia para ajudá-los a alcançar os objetivos, então temos um fundo que tem uma reputação incrível.”
“Nos sentimos confortáveis em construir para o público jovem. Temos uma amplitude muito larga, e a nossa preocupação é que precisamos nos conectar com o público novo, que é quem vai continuar consumindo e esse público é mais esperto, se você não conseguir fazer algo para ele, você perde o jogo, e para o público maduro. Além de mantermos a conexão com o público mais maduro. Tentamos fazer algo que seja bom para todo mundo, mas sempre com um foco no público mais novo. Esse olhar para o esporte é fundamental. O grande drama das grandes franquias e modalidades, é que nas últimas décadas um em um modelo de distribuição foi configurado, mas houve uma evolução grande nos últimos anos. Temos muitas oportunidades, principalmente quando conseguimos entender a dinâmica de consumo do público mais jovem e endereçar formatos que são mais digitais e mais dinâmicos, ainda que seja a partir de uma plataforma “mais antiga”, ou “tradicional”. Uma das coisas que certamente gera muito valor é fazer esse trabalho de revitalização que a Fórmula 1 fez e faz muito bem, que NFL faz, que é como você consegue se reconectar com as novas reações de uma forma diferente.”
“O comercial é um pilar superimportante. Temos feito um trabalho bacana com marcas, como agência e como CazéTV. No final, do nosso lado, são elas que suportam o negócio, seja patrocinando a transmissão, ou patrocinando diretamente o esporte. Conseguir agregar valor para a marca e ter certeza de que ela está bem representada, gerando propriedades e ações que valorizem os atributos e ofereçam um pouco mais de conexão com o público, é fundamental. Vemos vários casos de sucesso que sempre pensam dessa forma. O esporte, do outro lado, viveu um tempo do que eu chamo da explosão do entretenimento através de filmes e séries. O mercado e as plataformas estão percebendo que o esporte sempre foi um lugar que é brand safe e que tem uma audiência quase que garantida. Não à toa, vemos plataformas redirecionando um pouco da atenção. Elas sabem que vai ter uma audiência relevante, engajada e é um lugar que é protegido para elas. Sempre acreditamos nisso e nesses novos projetos sem dúvida nenhuma vamos reforçar essa crença.”
“Temos dois caminhos: um pensando na CazéTV, como impulsionamos ela fora do Brasil, com todos os nossos aprendizados e relacionamentos que criamos, e outro na parte de propriedade esportiva. As entidades criam projetos que nascem fora do Brasil, achamos que algumas modalidades, talvez, tenham características que permitam nascer de uma forma global, com o País fazendo parte. Já temos algumas conversas acontecendo e é um lugar que estamos olhando sim.”
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