Parlamento do Reino Unido quer regulamentar o Facebook
Para parlamentares, redes sociais têm se mostrado ineficazes em proteger dados e banir conteúdos prejudiciais
Parlamento do Reino Unido quer regulamentar o Facebook
BuscarParlamento do Reino Unido quer regulamentar o Facebook
BuscarPara parlamentares, redes sociais têm se mostrado ineficazes em proteger dados e banir conteúdos prejudiciais
Renato Rogenski
18 de fevereiro de 2019 - 12h07
O Comitê de Digital, Cultura, Mídia e Esporte do parlamento britânico propôs a criação de um orgão regulador independente e um código compulsório de ética para empresas de mídia social. A proposta foi revelada em um relatório criado pelos parlamentares. De acordo com o documento, as companhias do segmento “não podem se esconder atrás da alegação de serem apenas uma ‘plataforma’ e afirmar que não têm responsabilidade nenhuma em regular o conteúdo de seus sites”.
Para o parlamento, as empresas de tecnologia têm se mostrado ineficazes em banir conteúdos prejudiciais para a sociedade em sua plataforma, incluindo desinformação, influências externas em eleições e fake news. Também pesa neste contexto a própria questão da proteção de dados pessoais. Vale lembrar que, em 2018, a rede social foi multada em 500 mil libras por falhar na tentativa de não permitir que a empresa de consultoria política Cambridge Analytica obtivesse dados dos usuários.
O relatório ainda mostra uma certa insatisfação com o CEO do Facebook, acusando-o de “mostrar desprezo” ao comitê, já que sequer compareceu a uma audiência de legisladores internacionais em novembro de 2018. “Mesmo que Mark Zuckerberg não acredite que ele seja responsável perante o Parlamento do Reino Unido, ele é para os bilhões de usuários do Facebook em todo o mundo”, disse o presidente do DCMS, Damian Collins MP, em um comunicado para a imprensa.
Na prática, o regulador deve ter poderes legais, como a capacidade de multar essas empresas, caso elas não tomem as devidas providências em situações de conteúdo nocivo ou ilegal em suas plataformas.
Por meio de um comunicado oficial, o gerente de políticas públicas do Facebook, Karim Palant, afirmou que a empresa está aberta a uma regulamentação e apoia a recomendação do comitê para a reforma da lei eleitoral. “Também apoiamos uma legislação de privacidade eficaz que mantenha as empresas em padrões elevados no uso de dados e transparência para os usuários”, disse o executivo.
Se no Reino Unido a companhia enfrenta este aperto do parlamento, nos Estados Undos a rede social negocia uma multa bilionária com a Comissão Federal do Comércio (FTC) por violações de privacidade. A informação foi revelada na semana passada pelo jornal Washington Post.
Imagem de topo: Tim Bennett/ Unsplash
Compartilhe
Veja também
Globo amplia atuação no marketing de influência com Serginho Groisman
Após Tadeu Schmidt, Eliana e Maria Beltrão, Serginho Groisman é mais um apresentador da casa a ter seus contratos comerciais geridos pela Viu
Com Mercado Pago, Record chega a 7 cotas no Brasileirão
Banco digital integra o time de patrocinadores das transmissões na emissora, que já conta com Magalu, Grupo Heineken, Sportingbet, EstrelaBet, General Motors e Burger King