Pelos Estados Unidos, Globoplay inicia projeto de expansão
Plataforma de streaming começa a levar conteúdo para outros países a partir deste domingo, 19
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Bárbara Sacchitiello
17 de janeiro de 2020 - 14h52
Criado em 2015, o Globoplay cumpriu, por cerca de dois anos, a função de catch-up da programação da Globo. Tudo o que a emissora aberta produzia e exibia ficava disponível na plataforma, disponível ao público que quisesse consultar trechos de programas, novelas e jornalísticos. Após esse período, a plataforma de streaming começou a ser tratada de forma mais estratégica. Sob a gestão de João Mesquita, executivo que deixou a companhia em agosto do ano passado para assumir a gestão da Prime Video no Brasil, o Globoplay deu início a uma fase de aprimoramento de conteúdo e tecnologia para tentar cumprir uma missão árdua e ousada: fazer frente aos grandes streamings de conteúdo internacional, como a Netflix.
Desde agosto de 2019 sob o comando de Erick Brêtas, executivo que participou de seu lançamento, o Globoplay dá mais um passo rumo à essa estratégia a partir deste final de semana, ao disponibilizar seu conteúdo para o mercado dos Estados Unidos.
Nessa primeira fase da internacionalização 500 títulos estarão disponíveis para consumo sob demanda. Entre eles, estão as séries, novelas, filmes, realities, programas infantis, conteúdo jornalísticos e outras produções da casa. O fato de a emissora estar presente nesse país há 20 anos, com a Globo Internacional, e o território concentrar uma grande quantidade de brasileiros expatriados motivaram a escolha pelos norte-americanos. “Essa é uma etapa importante na nossa visão digital e de uma busca de aproximação ainda maior com o público no exterior. Com o Globoplay nos Estados Unidos, estaremos oferecendo novas opções de consumo e a possibilidade do público acompanhar a programação da Globo quando e onde estiver”, diz Raphael Corrêa Neto, diretor de negócios internacionais da Globo.
A grande diferença no cardápio de conteúdo em relação ao Globoplay no Brasil são as séries internacionais, que por questões de direitos de exibição, não estarão disponíveis para acesso nos Estados Unidos. Produções estrangeiras, inclusive, têm sido uma das colunas de maior investimento da plataforma no Brasil nos últimos meses. A plataforma investiu para incluir em seu acervo séries de renome internacional, como The Good Doctor, The Big Bang Theory, Revenge e American Horror Story.
A primeira fase da internacionalização da plataforma de streaming será marcada por um evento, que acontecerá em 5 de fevereiro, em Miami. Dirigido por Raoni Carneiro a celebração reunirá convidados e terá uma conversa entre a jornalista Mila Burns (apresentadora do programa Globo Notícias Américas, da Globo Internacional) e o ator Lázaro Ramos, além de apresentação musical de Thiaguinho.
Desafios
A Globo não detalhou os próximos países em que deverá levar sua plataforma de streaming e nem comentou sobre as adaptações de dublagem e tradução que eventualmente fará no acervo disponibilizado nos Estados Unidos. Para outros mercados, o Globoplay leva o mesmo desafio que já possui no Brasil: ampliar sua base, convertendo a audiência gratuita em assinantes. De acordo com a Globo, a plataforma já alcança a marca de 22 milhões de usuários por mês. Não é especificado, no entanto, o percentual dessa audiência que, de fato, assina o serviço, já que é possível acessar trechos de parte do conteúdo de boa parte dos programas da casa, de forma gratuita.
Como atrativo para os brasileiros que residem nos Estados Unidos, o Globoplay apostará nas séries originais criadas para a plataforma – e já lançadas no Brasil, como Aruanas, Ilha de Ferro, Assédio e Hebe. O preço mensal da assinatura nos Estados Unidos será de US$ 13,99, um pouco superior ao valor da mensalidade do pacote padrão da Netflix, que é de US$ 12,99.
*Crédito da foto no topo: Pixabay/Pexels
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