Pessoas com deficiência e influência: como ampliar o acesso?
Mynd faz ação nas redes sociais para convidar público a refletir sobre combate ao capacitismo
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Bárbara Sacchitiello
21 de setembro de 2022 - 16h19
Nesta quarta-feira, 21, influenciadores como Ivan Baron e Pequena Lô assumiram espaço nos perfis de outras personalidades, como Xamã e Adriane Galisteu, para convidar as pessoas a refletirem, de forma geral, sobre a importância de construir uma sociedade mais acessível e menos estereotipada para pessoas com deficiência.
A ação, chamada Desafio da Inclusão, foi criada pela Mynd, que escolheu o 21 de setembro pelo fato de, nesta data, ser celebrado o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência. Por ter um núcleo de PCDs entre seus agenciados, a empresa decidiu misturar influenciadores com deficiência e outras personalidades sem deficiência para que seja amplificado o debate sobre a importância do combate ao capacitismo, que é o preconceito em relação às pessoas com deficiência.
Ao longo desta ação, o influenciador Ivan Baron, por exemplo, aproveitará o perfil do cantor Xamã para dar dicas de comportamentos que possam evitar o capacitismo. Adriane Galisteu irá ceder seu perfil para publicações da Pequena Lô, que abordará a questão da invisibilidade que as pessoas com deficiência enfrentam. Também participam da ação Luciano Huck, Fernando Campos, Luísa Pitanga, Drica Divina, Amanda Mangili e Jessi Alves. Veja:
A pandemia acabou sendo um período especial para o fortalecimento dos trabalhos dos produtores de conteúdo com deficiência, na opinião de Danielle Tavares, diretora artística da Mynd. Ela conta que, nos últimos dois anos, houve crescimento tanto de trabalho, com marcas começando a apoiar e se interessar pelo conteúdo desse grupo, como da chegada de novos influenciadores.
“Tudo isso trouxe oportunidade que as marcas enxergarem e furarem essa bolha para que eles possam ser vistos. Eles são influenciadores como qualquer outro influenciador, são pessoas que trabalham e que também são formadores de opinião, que também tem seu público. Eles também vendem e também influenciam”, comenta.
Na opinião da diretora da Mynd, há duas maneiras de as empresas e marcar atuarem diretamente no combate ao capacitismo: contratando PCDs em seu quadro de funcionários e, quando possível, buscando influenciadores com deficiência para representarem suas marcas.
“Como diretora do núcleo de PCDs, aprendo todos os dias com eles e não tenho dúvida de que as marcas também vão aprender, dar essa oportunidade e poder crescer com eles. Acho que as marcas podem ajudar muito, mesmo, porque a gente só começou esse caminho. Temos uma longa e linda caminhada pela frente”, finaliza.
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