Planilha dos influenciadores gera críticas a criadores de conteúdo

Bárbara Sacchitiello
24 de janeiro de 2025 - 16h41

Lista tinha cerca de 400 avaliações até a noite de quinta-feira, 23 (Crédito: Shutterstock)

Na tarde dessa quinta-feira, 23, um link de uma planilha, elaborada no Excel, começou a ganhar popularidade nas redes sociais e em grupos de WhatsApp. O arquivo, na verdade, já vinha circulando anteriormente entre profissionais do mercado publicitário e trazia uma espécie de avaliação a respeito do trabalho, comportamento e das entregas de influenciadores e criadores de conteúdo.

A lista tinha cerca de 400 avaliações até a noite de quinta-feira, 23, feitas, supostamente, por profissionais de agências de publicidade, marketing de influência ou de anunciantes, que, sem se identificar, colocam suas opiniões sobre a experiência de ter trabalhado com determinado influenciador.

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Além de detalhar se aquela pessoa cumpria prazos, como se comportava em relação ao briefing ou a forma como tratava a equipe no momento dos trabalhos, a planilha trazia recomendações, orientando outras empresas a contratar ou não determinada pessoa.

A maior parte nos nomes listados na planilha são de influenciadores digitais, como Malu Borges, Álvaro, Gkay, Victor Coringa, Igão e Mitico (apresentadores do PodPah), Camila Coutinho, além de atrizes, apresentadores e cantores, como Bruna Marquezine, Sasha Meneghel, Gil do Vigor, Jade Picon, Pedro Scooby, Sabrina Sato e outros.

O ‘vazamento’ da planilha rapidamente gerou polêmicas e comentários nas redes sociais. Na noite de quinta-feira, 23, o acesso ao arquivo já não estava mais aberto. Ao clicar no link, era necessário um pedido de autorização para o acesso.

Até o momento, não foi divulgada a autoria da planilha. Alguns influenciadores, porém, já começaram a usar suas redes para responder a algumas críticas recebidas no documento. Malu Borges e Álvaro Xaro, por exemplo, falaram a seus seguidores a respeito de algumas críticas recebidas.

Na maioria dos casos, os descontentamentos manifestados por quem preencheu a planilha dizia respeito à falta de comprometimento dos influenciadores em seguir o briefing ou atender aos pedidos da marca, além da dificuldade de cumprir com as entregas combinadas no prazo. Valores altos e falta de educação nos bastidores também foram citados na planilha.

O caso abriu, novamente, um debate sobre o marketing de influência e a respeito da profissionalização e regulamentação do setor.

As planilhas de avaliação, no entanto, não são uma novidade para quem trabalha no segmento de comunicação. Há alguns anos, começou a circular no mercado publicitário uma planilha – que já ganhou diversas edições – em que, por meio de comentários anônimos, funcionários e profissionais avaliavam agências de publicidade, produtoras e empresas de comunicação.