Plataforma de vídeos do Facebook chega ao Brasil
De acordo com Mauro Bedaque, líder de entretenimento da empresa, o Watch contemplará monetização e espaço para criadores de conteúdo
Plataforma de vídeos do Facebook chega ao Brasil
BuscarPlataforma de vídeos do Facebook chega ao Brasil
BuscarDe acordo com Mauro Bedaque, líder de entretenimento da empresa, o Watch contemplará monetização e espaço para criadores de conteúdo
Luiz Gustavo Pacete
29 de agosto de 2018 - 11h42
O Facebook lança nesta quinta-feira, 30, o Watch, plataforma de vídeo anunciada no ano passado e até então em testes nos Estados Unidos, para todo o mundo. Isso inclui a chegada ao Brasil do serviço que, de acordo com Mauro Bedaque, líder de parcerias de entretenimento para América Latina do Facebook, contemplará monetização e espaço para criadores de conteúdo.
A plataforma chega ao Brasil, porém, ainda sem a ferramenta de monetização batizada de Ad Breaks (Crédito: Divulgação)
O Watch será uma aba nas páginas tradicionais da rede. “Desde o lançamento nos Estados Unidos, contabilizamos mais de 50 milhões de pessoas que assistiram mensalmente vídeos com menos de um minuto na plataforma”, explica Bedaque. “O Watch é uma plataforma que contempla todo ecossistema: parceiros, produtores de conteúdo e quem queira oferecer conteúdo em vídeo de qualidade”, afirma.
Mobile impulsiona demanda por micro movies
Ainda de acordo com Maria Smith, diretora de gerenciamento de produtos do Facebook, com o lançamento global do Watch, a plataforma pretende apoiar publishers e criadores em duas áreas importantes. “Gerar receita com os seus vídeos no Facebook a partir de intervalos comerciais (Ad Breaks) e ajudá-los a compreender melhor o desempenho de seus conteúdos com o Creator Studio”, explica.
Os Ad Breaks, principal forma de remuneração do Watch, inicialmente, não estarão disponíveis no Brasil. O formato inclui mid-roll, que traz anúncios durante o vídeo, e pre-roll, antes do seu início, além de anúncios em imagem diretamente abaixo do vídeo – sempre que um Ad Break for exibido, o publisher ou criador ganhará uma parte dessa receita. “Essa será a forma principal de monetização para os publishers e produtores de conteúdo”, diz Bedaque.
Questionado sobre parcerias com grandes produtores de conteúdo, como o Watch fez nos Estados Unidos, Bedaque ressalta que aqui não existirá essa mesma dinâmica. “O Watch é uma plataforma para que todas as páginas produzam conteúdo, inicialmente, lá fora, tivemos algumas iniciativas com a intenção de dar um boost na plataforma e experimentar e aprender o que funciona ou não”, explica Bedaque.
Nos EUA, o Facebook fechou parcerias com Vox Media, ATTN e Group Nine Media e, segundo a Reuters, na ocasião do lançamento, a empresa estaria disposta a investir até US$250 mil por episódio, ou entre US$10 mil e U$35 mil para cada vídeo curto. A função Creator Studio, essa sim estará disponível a partir de amanhã e permite que publishers e criadores de conteúdo gerenciem seu conteúdo em vídeo e possam interagir com os fãs acompanhando o desempenho do conteúdo em todas as páginas.
O Creators Studio tem como objetivo contribuir com os produtores de conteúdo (Crédito: Divulgação)
O Watch foi apresentado ao mercado estadunidense em 9 de agosto de 2017. Na ocasião, a expectativa era que ele concorresse diretamente com Netflix, YouTube e outras plataformas de vídeo sob demanda. À época, Daniel Danker, diretor de produtos do Facebook, afirmou que o Watch teria recursos para conectar a experiência de navegação do Facebook com a dinâmica de sugestão de conteúdo.
Compartilhe
Veja também
O que motivou o embate entre o Rumble e o ministro Alexandre de Moraes?
Ao lado da empresa de mídia de Trump, Rumble abriu processo contra o ministro sob a alegação de censura; STF determina bloqueio da plataforma por descumprimento judicial
YouTube Premium planeja versão mais barata e sem anúncios
Plano oferecerá podcasts e vídeos de dicas sem publicidade; videoclipes livres de anúncios seguem inclusos no YouTube Premium