Projeto Falas, da Globo, cresce em 2024 e se volta ao experimento social
Falas Femininas abre o calendário de especiais de diversidade da Globo que, pela primeira vez, terá episódio sobre pessoas com deficiência
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Bárbara Sacchitiello
6 de março de 2024 - 6h20
Criar um diálogo propositivo com o Brasil e com os brasileiros através do entretenimento. É dessa forma que Antonia Prado, diretora do Falas Femininas, que vai ao ar na sexta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, após a novela Renascer.
O projeto, que já faz parte do calendário de especiais da Globo e, que neste ano, ficará mais amplo para abranger novas camadas de diversidade.
“Estamos sempre em busca de novas formas de cativar o público, de criar conexão e engajar, porque sabemos que a transformação vem através da empatia e da emoção”, diz Antonia.
Ela avalia que o desafio de dar continuidade ao projeto que toca em temas tão importantes à sociedade – como desigualdade de gênero, preconceito à comunidade LGBTQIAP+ e racismo – é desafiador, já que o País está em constante mudança e é preciso estar atento a isso para criar algo interessante.
“Mas é gratificante demais poder utilizar essa plataforma tão potente para divertir, emocionar e impactar, espero que positivamente, a realidade das pessoas.
Desta vez, com o Falas Femininas, a Globo buscou um formato capaz de provocar a sociedade sobre situações normalizadas, mas que merecem – e precisam – ser repensadas.
Para isso, foram criadas duas dinâmicas. A primeira traz a temática da sobrecarga feminina, muitas vezes invisibilizada. Enquanto a segunda procura mostrar como as pessoas, homens e mulheres, reagem diante de uma situação de assédio no ambiente corporativo.
“O experimento social é um formato super relevante, muito usado na publicidade ou como parte de programas de entretenimento, porque é capaz de escancarar dilemas e desconstruir convicções da sociedade”, diz.
O Falas Femininas será apresentado por Paolla Oliveira e Taís Araújo. Segundo a diretora, o objetivo era encontrar nomes que fizessem com que as mulheres se sentissem representadas e que fossem capazes de conduzir uma discussão saudável e propositiva.
“Tais e Paolla se encaixaram perfeitamente neste perfil: mulheres do seu tempo, dialogam com o público da TV aberta com frequência. Nas suas vidas pessoais, também abrem espaço para temas feministas, mas sempre buscando o diálogo e a escuta”, analisa Antonia.
Esse formato de experimento social deverá ser estendido aos demais episódios Falas da grade da Globo em 2024.
Sobre os demais episódios do Projeto Falas, a principal novidade é a inclusão do Falas PCD, que irá ao ar em setembro, para revelar um pouco das dificuldades e falta de inclusão a que ainda é submetida a população com deficiência no Brasil.
Além desses dois temas, os demais Falas abordarão os Povos Indígenas, o Orgulho LGBBTQIA+, o Dia do Idoso e o Dia da Consciência Negra. O Falas Femininas, que estreia o calendário, será apresentado pelas atrizes Paolla Oliveira e Taís Araújo.
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