Quais os impactos da saída de Boninho para os negócios do BBB?

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Quais os impactos da saída de Boninho para os negócios do BBB?

Diretor do núcleo de realities, que deixa a empresa no fim de 2024, ajudou a fazer do formato o principal faturamento do início do ano da Globo


19 de setembro de 2024 - 9h49

Boninho BBB

Tadeu Schmidt, na final do BBB 24 (Crédito: Globo)

Na última sexta-feira, 13, o público foi surpreendido com a notícia de que Boninho está prestes a deixar a Globo após mais de 40 anos de trabalhos na casa. A empresa e o diretor não conseguiram chegar a um acordo para renovar o contrato e o executivo escreveu, em seu perfil no Instagram, é que é chegada a hora de alçar novos voos.

A saída gerou repercussão entre o público pelo fato de o Boninho, responsável pelo núcleo de realities, ter conseguido extrapolar o papel de executivo de TV, tornando-se uma figura emblemática dos bastidores da mídia, sobretudo do Big Brother Brasil.

Boninho ainda segue na Globo, até o fim do ano, participando da transição de seu posto para Rodrigo Dourado, profissional com quem já trabalhava e que já havia assumido a direção-geral do BBB há quase 10 anos. Ainda em 2024, Boninho dirigirá o especial de fim de ano de Roberto Carlos.

O “Big Boss” do reality, como Boninho ficou conhecido, acabou sendo o responsável direto por tornar o gênero popular no País e, principalmente, por garantir, no Brasil, a longevidade do formato, algo que não aconteceu em muitos mercados nos quais o Big Brother foi exibido.

A vida de Boninho na Globo, obviamente, não se resume ao BBB. O executivo participou dos projetos de todos os demais realities exibidos na casa, desde No Limite até o atual Estrela da Casa e, também, dirigiu diversas atrações de entretenimento da Globo, algumas de longevidade, como Mais Você e Encontro, e outras que acabaram descontinuadas, como Se Joga e Mestre do Sabor.

Desse currículo, o projeto que mais se destaca, no entanto, é o BBB. Com 24 edições exibidas – e a 25ª já preparada – o reality ainda é um fenômeno não apenas em termos de repercussão, como também de faturamento comercial. A edição deste ano do programa teve a presença de 31 marcas, que aproveitaram o reality para exibir produtos e serviços das mais variadas categorias.

Pelo fato de o BBB ter se tornado, já alguns anos, o produto comercial de maior faturamento do primeiro semestre da Globo – e pelo formato ser tão associado à figura e ao estilo de Boninho – a saída do diretor pode causar algum impacto para as negociações comerciais para a próxima temporada do BBB, que terão início em breve?

A reportagem de Meio & Mensagem conversou com profissionais do mercado publicitário nos últimos dias para avaliar as possíveis consequências da saída do Big Boss para os negócios do programa.

De forma geral, o consenso do mercado publicitário é o de que o BBB atingiu um patamar de prestígio e de consolidação na TV capaz de seguir adiante mesmo sem o “Boss”, por conta da equipe já azeitada e preparada para dar continuidade aos trabalhos.

Uma profissional que atua na área de compra de mídia em uma agência de publicidade, que falou com a reportagem em condição de anonimato diz que a saída de Boninho, por um lado, “pode ser uma chance de renovação, permitindo que outras ideias e abordagens surpreendam e dialoguem com audiências mais plurais”.

Uma nova liderança, segundo ela, pode promover narrativas inusitadas e inesperadas a um programa que já existe há tantos anos.

Por outro lado, como qualquer mudança, desafios não podem ser descartados. “O sucesso do futuro do programa dependerá de muitos fatores, entre eles da capacidade da nova equipe em equilibrar oportunidades e desafios, respeitando a trajetória do BBB enquanto se adapta às novas demandas do público, do contexto, dos anunciantes e das novas narrativas”, concluiu a publicitária.

Outro profissional de mídia, que inclusive já negociou a participação de anunciantes no próprio BBB, vê “pouca possibilidade” de a saída de Boninho gerar algo ruim. Segundo ele, a mudança na diretoria pode até ser uma oportunidade para o programa buscar outras formas de se reinventar.

Sucesso comercial do BBB

Entre o mercado publicitário, existe o consenso de que, já há algum tempo, o BBB tornou-se uma favorável oportunidade de exibição para marcas que tenham condições de investir na grande exposição e visibilidade do programa.

Esse forte interesse comercial é uma das razões principais para a Globo estar preparando, para 2025, a edição mais longa da história do Big Brother Brasil. De acordo com informações apuradas, enquanto as últimas edições do reality ficaram no ar por 100 dias, o BBB 25 deve ter 20 ou até 25 dias a mais de “vida”.

Mais tempo no ar, obviamente, gera mais oportunidades para as marcas aparecerem, seja em provas, festas ou ações preparadas para os participantes. Além, disso, uma edição maior também se encaixa no calendário de celebrações que a Globo prepara para seu aniversário de 60 anos, completados em 2025.

O plano comercial do BBB costuma chegar ao mercado publicitário no último trimestre do ano – e as negociações são fechadas de forma cada vez mais rápida.

Na edição deste ano, a Globo apresentou – e conseguiu vender – 16 cotas de patrocínio para o Big Brother, o maior número já elaborado para o reality. Além dessas cotas principais, o reality também contou com diversas cotas de segmentos, além de possibilidades de ações avulsas de merchandising.

Antes do programa entrar no ar, em janeiro, a diretora de negócios integrados em publicidade da Globo, Manzar Feres, declarou à reportagem de Meio & Mensagem que não havia mais espaços para outros anunciantes ingressarem na atração.

Veja, abaixo, a lista dos patrocinadores principais que estiveram no BBB deste ano, bem como os valores de tabela de cada cota.

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