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Mídia

Qual será o futuro do TikTok nos Estados Unidos?

Donald Trump deverá tomar decisão sobre venda da plataforma em 30 dias; entre possíveis compradores estão nomes como Elon Musk e MrBeast


27 de janeiro de 2025 - 11h01

Na última semana, o TikTok passou por um rápido período de proibição nos Estados Unidos, quando ficou fora do ar por algumas horas no território norte-americano até receber uma ordem executiva do atual presidente, Donald Trump, após assumir a posição na última segunda-feira, 20.

tiktok

(Crédito: Algi Febri Sugita/Shutterstock)

O ato normativo também adiou a proibição da lei federal que proíbe o TikTok no país, assinado pelo então presidente Joe Biden em 2024, em 75 dias. A legislação determinava uma prorrogação de 90 dias para que a transação de venda do aplicativo da ByteDance a uma empresa de fora da China fosse concluída, caso um comprador tivesse sido encontrado.

O presidente dos EUA apontou, ainda, que o governo deveria ter o direito de deter metade do TikTok, avaliado entre US$ 100 bilhões e US$ 200 bilhões, de acordo com o analista San Ives, da Wedbush Securities.

Agora, o governo está em busca de um potencial comprador da propriedade chinesa – para comprar metade da participação, posteriormente. É possível que uma decisão sobre o futuro do TikTok seja tomada em pouco menos de um mês.

Quem deverá comprar o TikTok?

Entre os potenciais compradores está Elon Musk, que se opõe à proibição da plataforma nos EUA e é um investidor de confiança de Trump. A informação foi divulgada pela Bloomberg, que apontou que o governo chinês estaria traçando diretrizes para que o também CEO do X adquirisse o aplicativo.

A Associated Press também indicou que Jimmy Donaldson, conhecido como o youtuber MrBeast, formalizou seu interesse em adquirir a rede social ao se juntar a um grupo de investidores liderado por Jesse Tinsley, CEO e fundador do site Employer.com. MrBeast é considerado um dos maiores influenciadores digitais do mundo, com uma comunidade que acumula quase 350 milhões de seguidores no YouTube.

Além disso, a Oracle e a Microsoft podem estar na jogada pelo app. Fontes ouvidas pela National Public Radio (NPR) revelaram que a Oracle poderia firmar um acordo para abrigar os dados do TikTok em um datacenter norte-americano – ainda que Trump tenha declarado não ter tido conversas com o CEO da companhia, Larry Ellison.

A detenção e manipulação de dados da população dos EUA por uma empresa chinesa é uma das preocupações do governo que implicou na proibição da plataforma.

A participação da Microsoft nas negociações também não é tão clara. A empresa de Bill Gates esteve envolvida em uma possível aquisição do TikTok em 2020, ao lado da Oracle e Walmart. No novo capítulo da história da plataforma no país, segundo a NPR, a Microsoft faria parte de um grupo de investidores que discutem assumir as operações do negócio da ByteDance.

A imprensa internacional também têm repercutido nomes com o investidor canadense e jurado do Shark Tank, Kevin O’Leary; Steven Mnuchin, ex-secretário do Tesouro dos EUA; Frank McCourt, ex-proprietário do Los Angeles Dodgers à frente do grupo “The People’s Bid for TikTok”; e a Perplexity, empresa de inteligência artificial que chegou a fazer uma proposta para uma fusão com o TikTok ao lado de outros investidores.

TikTok para marcas e creators

O TikTok se consolidou como um importante canal de mídia para anunciantes nos EUA, já que reúne 170 milhões de usuários e tornou-se uma rede social essencial para criadores de conteúdo no contexto do marketing de influência.

Na última semana, contudo, diversos creators passaram a olhar o aplicativo com desconfiança e desconforto, conforme aponta reportagem do Ad Age. O sentimento foi potencializado com a mensagem exibida pelo próprio TikTok ao ser restabelecido: “Como resultado dos esforços do presidente Trump, o TikTok está de volta aos EUA!”. O CEO da plataforma, Shou Zi Chew, esteve presente na cerimônia de posse do presidente ao lado de outros líderes de big techs.

Em seu perfil @TikTokPolicy, no X – frequentemente utilizado para emitir declarações sobre as atualizações da situação nos EUA – a companhia agradeceu o presidente dos EUA pelo feito. Confira:

Alguns criadores estão até mesmo reavaliando o papel do TikTok em suas estratégias de conteúdo. Além disso, têm alegado mudanças no algoritmo e censura intensificada de conteúdo político após a restauração. O TikTok negou quaisquer mudanças no período.

As marcas também retomaram investimentos publicitários na rede social, e já registraram aumento em vendas no TikTok Shop. Na última quinta-feira, 23, o tráfego proveniente de anúncios do TikTok, rastreados pela plataforma de marketing de e-commerce MikMak, atingiu 16%.

Já no início desta semana, a Tinuiti, uma parceira de marketing da TikTok, relatou que pelo menos 70% dos anunciantes em sua plataforma de marketing de comércio retomaram a publicidade após a paralisação. Ao mesmo tempo, o custo por mil impressões (CPMs) no TikTok diminuiu 29% em comparação com a semana anterior ao apagão do TikTok nos EUA, afirmou a Tinuiti ao Ad Age.

Apesar disso, os anunciantes também seguem hesitantes sobre uma volta total ao app. Ao Ad Age, lideranças apontaram que o breve hiato da plataforma deu aos anunciantes uma chance de redefinir estratégias.

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