Quem são, onde vivem e qual a idade dos criadores de conteúdo brasileiros?
Squid realiza o primeiro Censo da categoria, que aponta que 74,4% dos criadores de conteúdo digital no País são mulheres e 61% estão localizados na região Sudeste
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BuscarSquid realiza o primeiro Censo da categoria, que aponta que 74,4% dos criadores de conteúdo digital no País são mulheres e 61% estão localizados na região Sudeste
Bárbara Sacchitiello
24 de março de 2023 - 7h41
O Brasil é um País de micro influenciadores. Essa é uma das conclusões em que a Squid chegou ao realizar o primeiro Censo de criadores de conteúdo no País, cuja proposta é oferecer ao mercado um panorama mais real sobre a idade, gênero, localização e atuação desse grande grupo de pessoas que já compõem um segmento estratégico do marketing.
O relatório, que foi apresentado a clientes da Squid em um evento realizado nesta quinta-feira, 24, em São Paulo, foi resultado de um trabalho realizado por dois meses e meio, que contou com uma amostra de 4.500 creators, tanto da base da empresa quanto de fora.
Esse número de participantes, na visão dos profissionais da empresa, tem a capacidade de representar com precisão a base total de criadores de conteúdo brasileiros apontados em outros levantamentos. No ano passado, por exemplo, a Nielsen trouxe o dado de que o Brasil possuía 10,5 milhões de pessoas que poderiam ser considerados influenciadores – por possuírem mais de mil seguidores cada em perfis no Instagram, TikTok ou YouTube. Se forem considerados somente as pessoas com mais de 10 mil seguidores, esse número total chega a 500 mil criadores de conteúdo.
“A ideia é apresentar ao mercado uma visão mais real da indústria. A Squid sempre teve muitos dados e pesquisas, mas isso nunca foi compartilhado. Agora, achamos que era importante o mercado ter acesso a essas informações para entender melhor quem são esses criadores de conteúdo”, diz Felipe Oliva, cofundador e CEO da Squid.
De acordo com dados do Censo de criadores da Squid, a grande maioria dos criadores de conteúdo digital no Brasil são mulheres: 74,7%. Os homens correspondem a 19,1% do total, enquanto 0,9% se identificam como não-binários; 0,4% como mulheres trans; 0,2% como homens trans e 4,7% com outras classificações de gênero.
A maior parte desses criadores de conteúdo reside na região Sudeste (61%). No Nordeste, estão 19% dos creators brasileiros e 11% estão na região Sul. O Centro-Oeste concentra 6% deles e a região Norte, 3%.
Em relação à faixa-etária, os milennials são o grupo predominante entre os criadores de conteúdo: 36% deles têm de 30 a 39 anos. Em segundo lugar, correspondendo a 26% do total, está a faixa que a Squid classifica como Zennials (com idade entre 24 e 29 anos). Os Gen Z (pessoas de 16 a 24 anos) são 21% do total e a geração X, composta por pessoas com mais de 40 anos, correspondem a 17% do total.
Pelo recorte racial, o mapeamento aponta que 49% dos criadores de conteúdo são brancos e 31% se identificam como pardos. Os pretos correspondem a 16% enquanto 4% são pessoas de outras etnias.
Um dos recortes mais importantes do Censo feito pela Squid deixa clara a grande base de micro influenciadores que compõem o grupo de criadores de conteúdo do Brasil.
Apesar de a atuação como influenciador e criador de conteúdo digital ter como símbolo, muitas vezes, pessoas que contam com milhões de seguidores e alcançam a fama no ambiente digital, a realidade de boa parte dos criadores vive uma realidade bem diferente.
Segundo a Squid, a grande massa dos creators brasileiros tem uma base menor de seguidores: 41% contam com até 10 mil seguidores e 37% possuem de 10 mil a 50 mil seguidores. Apenas 1,3% estão no que a Squid classifica como o topo da pirâmide, com mais de 1 milhão de seguidores (veja no gráfico, mais abaixo)
Isso reflete, na visão da empresa, que a atuação como influenciador é algo aspiracional para muitas pessoas, que se inspiram nas pessoas mais famosas para tentar iniciar uma carreira. “Atualmente, ser um influenciador, um criador de conteúdo digital, se tornou um sonho. É como, anteriormente, era o sonho de ser um jogador de futebol para algumas gerações. Mas vemos que são esses micro influenciadores que compõem boa parte da base e que tem um papel de alcançar os públicos e nichos que as marcas querem atingir”, analisa Duda Dias, market strategy e insights da Squid, responsável pela condução da pesquisa.
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