Record TV sofre ataque hacker com pedido de resgate
Desde o último sábado, 8, emissora tem o acesso ao acervo e arquivos de reportagens e conteúdos bloqueado; criminosos teriam pedido US$ 5 milhões para liberar o acesso
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Meio & Mensagem
11 de outubro de 2022 - 9h42
Desde sábado, 8, a Record TV vem tentando lidar com uma invasão em seu sistema de arquivos integrados, que vem prejudicando a exibição de seu conteúdo e a programação.
De acordo com informações do colunista Ricardo Feltrin, do UOL, todo o acervo de reportagens, quadros e conteúdo já exibidos ou gravados pela emissora estão “sequestrados” pelos hackers, tendo seu acesso impossibilitado por qualquer funcionário da emissora.
A invasão começou a ser percebida pelo público na manhã de sábado, quando o jornal Fala Brasil foi tirado do ar e, no lugar, foi exibida uma série. Desde então, segundo o colunista, a Record TV vem fazendo uma força tarefa para gravar os conteúdos para levar ao ar e, de certa forma, dar continuidade à sua exibição de conteúdo.
Até o momento, a emissora não se manifestou oficialmente a respeito do ataque sofrido.
De acordo com informações publicadas pelo site TecMund, a Record TV teria sofrido um ataque do tipo ransomware, que é quando cibercriminosos conseguem se infiltrar no sistema e bloquear o acesso a todo o acervo e conteúdo.
Ainda de acordo com o TecMundo, esses cibercriminosos estariam pedindo um “resgate” para liberar o acesso ao acervo da emissora na quantia de US$ 5 milhões. Esse valor deveria ser pago em moedas digitais, Bitcoin ou Monero.
Segundo o TecMundo, a Record TV teria um prazo de 15 dias para efetuar o pagamento do resgate. Apurações de outros veículos de imprensa dizem que, desde que detectou o ataque, a emissora vem procurando orientações de segurança digital para lidar com a situação.
Embora esse tipo de ataque digital em uma emissora de TV aberta no Brasil seja inédito, grandes companhias de todo o mundo vêm reforçando a segurança digital para evitar ter problemas do tipo.
Um dos casos mais recentes de ransomware teve como alvo a JBS. Em junho do ano passado, o CEO da companhia nos Estados Unidos, Andre Nogueira, admitiu que o grupo pagou resgate de US$ 11 milhões, em Bitcoins, para retomar o funcionamento de seu sistema, sequestrado por hackers naquele mês.
Além da JBS, cibercriminosos conseguiram se infiltrar também em sistemas de empresas como Renner, Fleury, além de instituições públicas nacionais como Ministério da Saúde, Tesouro Nacional, além do Supremo Tribunal de Justiça.
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