Revista Esquire ganha versão brasileira
Conhecida por capas icônicas e textos de Gay Talease e Ernest Hemingway, Esquire chega ao Brasil com foco em jornalismo e eventos
Conhecida por capas icônicas e textos de Gay Talease e Ernest Hemingway, Esquire chega ao Brasil com foco em jornalismo e eventos
Thaís Monteiro
5 de fevereiro de 2025 - 6h00
Fundada em 1933 nos Estados Unidos, a revista Esquire, da editora Hearst (responsável pela Harper’s Bazaar e Elle) chega ao mercado brasileiro na primeira semana de março. Serão, ao todo, seis edições impressas por ano, um complemento ao conteúdo digital, eventos e experiências que levam a marca do título.
Primeira edição terá tiragem de cinco mil exemplares (Crédito: Divulgação)
Trazer a Esquire ao Brasil foi uma iniciativa da Call Editora, empresa fundada por Luciano Ribeiro e Allan Barros e que tem como sócio Cauã Reymond. Luciano Ribeiro foi editor das revistas Trip e TPM, editor-chefe da Vogue RG, criador das revistas Wish Casa e Carbono Uomo e head de negócios e do estúdio criativo da Globo Condé Nast. Adicionalmente, ele é empresário de Reymond. Já Allan Barros é CEO da agência Pullse e da startup Aceleraí, da qual Reymond também é sócio.
Atualmente, a Esquire está em 19 mercados além do Brasil. Para Ribeiro, o sucesso histórico do título justifica o lançamento também no Brasil. Nomes como Gay Talese, Ernest Hemingway e George Lois contribuíram com a revista. A editora tem a concessão do título durante cinco anos e paga royalties mensais por esse uso.
A publicação mira o público masculino em assuntos relacionados a lifestyle. O mercado brasileiro já conta com revistas com esse recorte, como GQ e Carbono Uomo. Para diferenciar o título dos demais, a Esquire vai abordar assuntos que vão além dos assuntos relacionados a moda, saúde e estilo de vida. A publicação deve abordar temas ligados à carreira e aos negócios.
Segundo Ribeiro, o jornalista Plínio Fraga assina um caderno de 16 páginas dedicadas a grandes reportagens. Fraga foi editor da Folha de S. Paulo e acumulou passagens pela revista Piauí, Jornal do Brasil, O Globo, entre outros veículos.
O impresso será comercializado via assinatura e de forma avulsa em bancas. A primeira tiragem será de cinco mil exemplares. Para o lançamento, a editora irá enviar exemplares a um mailing de profissionais que podem contribuir com a revista. No entanto, o foco do produto não será o impresso, e sim a marca Esquire, que ganhará espaço em outras verticais.
Para o lançamento, por exemplo, a Esquire planeja um jantar na segunda semana de março. A empresa visa repetir jantares mensalmente. Além disso, para o segundo semestre, a Esquire sediará um baile de gala, o prêmio Game Changers, dedicado a profissionais que transformam os mercados em que atuam, e inaugurará uma casa de experiências com a marca do título. A publicação também visa ter sua marca associada a grandes festivais de música.
Além dos eventos, a publicidade será uma importante fonte de receitas, afirma Barros. O lançamento da revista deve contar com cotas fundadoras. Conforme o executivo, a revista garantirá entregas em diferentes formatos de conteúdo, visando atingir metas de performance. “Tenho a opção de dar ao cotista fundador a garantia mínima de impacto naquele período contratado. Se não houver entrega, vamos dar visibilidade em mais formatos”, descreve.
A campanha de lançamento teve início esta semana por meio das redes sociais da marca. Nela, a editora destaca a história da Esquire. O plano de comunicação tem fim em meados de junho.
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