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Sem verba, Festival do Rio investe em crowdfunding

Meta é conquistar um valor mínimo de R$ 500 mil para viabilizar parte do evento que precisa de outros R$ 3 milhões para acontecer


19 de setembro de 2019 - 15h44

Cerimônia de abertura do Festival do Rio 2018 (Crédito: Divulgação/ Rogerio Resende)

Após divulgar que estava com dificuldades financeiras para realizar o Festival do Rio, a organização do evento iniciou um crowdfunding na plataforma Benfeitoria para arrecadar fundos. Para que aconteça em novembro, o Festival precisa de um total de R$ 4 milhões; deste montante, R$ 500 mil já foram investidos no evento pela Globo Filmes. Com este passo, a ideia é arrecadar ao menos outros R$ 500 mil. O valor viabilizaria a vinda de 50 filmes estrangeiros para serem exibidos em cinco cinemas.

“Os espectadores, apoiadores, colaboradores e o público em geral se manifestou solicitando uma forma de participar. Seria uma intolerância nossa não entrar neste desafio”, conta Vilma Lustosa, diretora do Festival do Rio. Ela deixa claro que este não é um recurso único, mas que dará fôlego para continuar o movimento da busca da verba para colocar o evento de pé. Após anunciar que o Festival poderia não ser realizado em 2019, ela está mais otimista. “Estamos trabalhando muito, como nunca, e novas empresas tem nos procurado querendo correr para fazer uma avaliação do projeto no tempo que é curto. Isso já dá um respiro”, comenta.

Como segunda meta, o crowdfunding do Festival do Rio vislumbra um valor de R$ 800 mil que viabilizaria a exibição de 50 filmes estrangeiros, da Première Brasil com 30 filmes em competição em hors concours, e a participação de 10 cinemas. Já se arrecadar R$ 1,2 milhão, os organizadores ainda conseguem colocar de pé o Ri Market, voltando ao encontro e profissionais, e a Mostra Geração, que atende crianças, jovens e suas escolas.

O Festival do Rio teve uma grande perda com a retirada do patrocínio a Petrobras, que mesmo reduzindo seu investimento ao longo dos anos, em 2018 havia destinado R$ 750 mil ao evento. Assim como ele, o Anima Mundi também foi afetado pela nova política de patrocínios da empresa estatal. Com foco em animação, ele também recorreu ao crowdfunding para se manter.

 

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