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Setor de TV paga acha que precisa de mais marketing

Empresas acreditam que os consumidores ainda não têm conhecimento leno das opções de serviços que oferecem


31 de julho de 2018 - 10h12

(Crédito: Reprodução)

Os consumidores de conteúdo sinalizam um interesse cada vez maior por poder assistir aquilo que desejam na tela e no momento em que quiserem. Ao mesmo tempo, também demonstram querer autonomia para selecionar apenas aquilo que lhes interessa. Esses desejos, que parecem ser plenamente atendidos pela Netflix ou outras plataformas de streaming de vídeo, também podem ser supridos pela maior parte das programadoras de TV por assinatura.

Essa é a opinião de representantes de empresas do setor, que participam da primeira edição do Fórum Pay TV, em São Paulo. Em debates realizados nessa segunda-feira, 30, porta-vozes apontaram algo que consideram uma falha em sua estratégia de negócios: um marketing aquém do potencial do setor.

“Reconhecemos que o mercado mudou e que tivemos de evoluir para atender ao consumidor e disponibilizar nosso conteúdo everywhere. Os serviços OTT’s nos provocaram a fazer mudanças e investir em produtos digitais. O que temos que fazer, agora, é investir mais em marketing para que os consumidores conheçam o lado digital da Pay TV”, analisou Simoni Sobelman, diretora de vendas da Turner, ao trazer o assunto à tona.

A opinião de Simoni foi apoiada por Fernando Ramos, diretor executivo da G2C (Globosat Comercialização de Conteúdo), que acredita que a falta de comunicação mais clara acerca dos serviços de TV por assinatura faz com que as pessoas tenham uma visão distorcida do real valor pago pelas plataformas de streaming. “Se analisar o consumo residencial e somarmos o preço da assinatura da Netflix com a assinatura de um serviço de internet banda larga, veremos que um pacote básico de TV paga sai bem mais barato. Temos que aproveitar essas ofertas para mostrar outras opções ao consumidor”, destacou o executivo.

Levando ao debate o ponto de vista das operadoras, Agricio Neto, presidente da Claro TV, acredita que o setor vem conseguindo comunicar seu diferencial e vantagens ao consumidor, mas pondera que esse esforço de marketing deve ser uma prática recorrente. “A TV paga tem um desafio contínuo de explicar a grande diversidade de seu conteúdo e as plataformas online acabam nos auxiliando nessa missão. Não é possível, em um comercial de TV de 30 segundos, anunciar toda a nossa diversidade de serviços, mas tentamos fazer isso com uma comunicação constante com nossa base de assinantes”, comentou Neto.

Também participante do painel, Alessandra Pontes, vice-presidente de afiliadas da Discovery, reforçou que o setor precisa mostrar ao público que a TV paga, da forma como todo mundo conheceu, não existe mais. “Não existe mais TV por assinatura tradicional. Todas as programadoras já oferecem programação on demand e em diversos devices. Acredito que todo o mercado precisa fazer um grande esforço constante para divulgar isso e mostrar a evolução de nossa entrega de conteúdo”, pontuou a executiva.

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