Spcine lança VOD junto com O2 Filmes e Hacklab
Plataforma traz filmes nacionais em plataformas digitais mobile e desktop
Spcine lança VOD junto com O2 Filmes e Hacklab
BuscarSpcine lança VOD junto com O2 Filmes e Hacklab
BuscarPlataforma traz filmes nacionais em plataformas digitais mobile e desktop
Thaís Monteiro
21 de novembro de 2017 - 14h25
Depois de um ano desde o anúncio do projeto, a partir desta quinta-feira, 23, estará disponível, em nível nacional, o Spcine Play, plataforma de video on demand da empresa municipal de cinema e audiovisual de São Paulo em consórcio com a O2 Play, distribuidora da O2 Filmes, e o Hacklab para suporte tecnológico. Nas palavras de André Sturm, atual secretário municipal da Cultura, durante a coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 21, “o propósito do projeto é ser uma janela que privilegia o produto nacional no VOD”.
Para sua estreia no mercado sob demanda, o Spcine Play conta uma plataforma responsiva para web e mobile nos navegadores Internet Explorer e Chrome em todo o País e dez filmes catalogados que podem ser alugados por preços de R$ 1,90 a R$ 3,90. Os títulos são: A Batalha do Passinho, As Fábulas Negras, Ausência, Califórnia, De Menor, Lira Paulistana e Vanguarda Paulista, Mãe só Há Uma, O Menino e o Mundo, Paratodos, e Uma Noite em Sampa.
A principal justificativa da Spcine para a empreitada num mercado dominado por plataformas como Netflix ou o Now vem, segundo a empresa, da reclamações de partes da indústria cinematográfica sobre o alcance de filmes brasileiros. Segundo Renato Nery, diretor executivo da Spcine, é investido muito na produção de um filme em detrimento de uma taxa baixa de espectadores. Isso acontece pois em alguns municípios do País não há salas de cinema ou os filmes nem chegam a ser exibidos. “Não dá para investir em filmes que ninguém tem acesso”, alega Renato.
Num segundo momento, o secretário espera fazer lançamentos de filmes na própria plataforma restrita a praças em que o filme não ficará em cartaz. No caso de lançamentos, o preço da locação aumenta para R$ 6,90.
Além disso, de acordo com André Sturm, o VOD não deve se tornar um oligopólio. “É como na época das locadoras. O Netflix é como a Blockbuster, mas existem outras locadoras no mercado”. O Spcine Play também permitirá que os filmes nacionais tenham maior visibilidade em comparação com a que eles têm em ferramentas concorrentes. O documentário Paratodos esteve no catálogo da Netflix durante um ano e, hoje, está no Now, mas, para Marcelo Mesquita, seu diretor, o Spcine representa uma aposta mais proveitosa. “No Now, é necessário buscar o filme para achar ele, ele não recebe destaque como vai receber no Spcine, que é mais nichado”, afirma.
A O2 Play custeará toda a adaptação técnica dos filmes para a plataforma e não pedirá exclusividade. “Nosso objetivo, como distribuidora, é ajudar os produtores a enxergarem o Spcine Play como um ponto estratégico para dar visibilidade a seu filme”, explica Igor Kupstas, diretor da O2 Play. A união da O2 ao consórcio, de acordo com Paulo Morelli, diretor da produtora, partiu de uma necessidade de criar uma plataforma para filmes nacionais. “Há quatro anos percebemos que o futuro do cinema passa pelo VOD e queremos promover o cinema brasileiro, porque somos produtores também”, disse.
Apesar de não revelarem os valores investidos, Maurício Andrade Ramos, diretor-presidente da Spcine, diz que se assemelha a um “investidor anjo”, o que costuma configurar de R$ 50 mil até R$ 500 mil. Segundo ele, o digital é um espaço em que a prefeitura ainda não atua de forma assídua e a estreia do VOD com apenas dez filmes é um passo introdutório. A princípio, a curadoria privilegiará produções e séries regionais para depois expandir para produtos nacionais.
Para divulgar a plataforma, o Spcine Play fará ativações nos eventos do calendário audiovisual da capital paulista, nas salas de cinema do Circuito Spcine, por meio da distribuição de códigos promocionais para acesso ao conteúdo de forma gratuita.
Durante o evento de lançamento, Maurício Andrade Ramos também anunciou que estão abertas as negociações para anúncios no serviço. A empresa busca patrocinadores que estejam dispostos a exibir um filme gratuitamente se o usuário se submeter a uma peça publicitária ou algum patrocinador que tenha interesse em colocar seu nome no projeto e garantindo o acesso à todo o conteúdo também de forma gratuita.
Compartilhe
Veja também
CNN Money: novo canal estreia com 6 marcas e foco em finanças
Primeiro produto derivado da CNN Brasil, emissora entrou no ar na noite dessa segunda-feira, 4
Fox diz ter vendido todos os anúncios para o Super Bowl de 2025
Emissora de TV cobrou cerca de US$ 7 milhões por cada comercial de 30 segundos no grande evento da NFL, marcado para 9 de fevereiro