Streamings de música devem movimentar US$ 36,8 bilhões em 2026
Pesquisa Media Outlook da PwC também mostra que o mercado de televisão no Brasil deve manter estabilidade pelos próximos anos
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BuscarPesquisa Media Outlook da PwC também mostra que o mercado de televisão no Brasil deve manter estabilidade pelos próximos anos
Bárbara Sacchitiello
2 de dezembro de 2022 - 13h00
O mercado global de streaming de música digital deverá movimentar o montante de US$ 36,8 bilhões em 2026, o que representa que a revolução gerada pelas novas formas de consumo de música já provoca importantes consequências na indústria do entretenimento e comunicação.
O dado faz parte da pesquisa Media Outlook da PwC, um amplo estudo global feito pela consultoria para projetar o avanço de segmentos de entretenimento, marketing e comunicação.
Em relação ao mercado de streaming musical, dados aos quais à reportagem de Meio & Mensagem teve acesso, a projeção da PwC é que esse segmento encerre o ano de 2022 com receitas de US$ 24,5 bilhões.
Quando se analisa especificamente o recorte do estudo que projeta os negócios gerados pela publicidade no áudio digital é possível notar que, embora em expressivo crescimento entre o público, os podcasts e músicas digitais ainda tem um grande potencial para atrair mais anunciantes.
No Brasil, o segmento, que reúne os streamings, rádio e podcasts deve gerar, até o fim deste ano, um montante de US$ 855 milhões. Desse montante, apenas US$ 19 milhões são provenientes de publicidade em podcasts e em streamings de áudio.
“Neste momento, o que podemos observar é um setor em grande transformação”, diz Ricardo Queiroz, sócio e líder de tecnologia, mídia e telecomunicações da PwC Brasil. “Em 2021 tínhamos cerca de 40 milhões de ouvintes de podcasts no Brasil e as estimativas são de que alcancemos 80 milhões de ouvintes ao final deste ano. Ou seja, é uma mídia que vem ganhando espaço, mas a monetização ainda não acompanha esse ritmo”, diz o porta-voz da consultoria.
De acordo com a PwC, em 2026, a publicidade em podcasts deverá alcançar, no Brasil, a receita de R$ 26 milhões. Nesse mesmo ano, a estimativa é de que indústria do áudio, como um todo, incluindo rádio, streamings e podcasts gere US$ 1,074 bilhão em receitas no País.
Outro dado trazido pela Media Outlook da PwC também mostra a importância da televisão e do vídeo, de forma geral, como geradores de negócios. Enquanto em âmbito global, os valores movimentados pela televisão – e nesse quesito, estão inclusas as assinaturas de TV, a publicidade no meio e também o consumo de DVDs em casa – tendem a diminuir ao longo dos próximos anos, sobretudo pela concorrência trazida pelos streamings e outras plataformas de consumo de vídeo, no Brasil, o que se vê é praticamente uma estabilização no mercado, até com ligeiro crescimento.
No mundo, a receita global gerada pela televisão deve alcançar a marca de US$ 227,3 bilhões em 2022, o que representa uma queda de 1,59% em relação aos valores registrados em 2021, de acordo com o estudo. Para 2023, a quantia movimentada pelo setor, segundo as previsões da consultoria, deve recuar um pouco em 2023, ficando em US$ 224,5 bilhões.
A estimativa para 2026 é que o total movimentado pela TV por assinatura, home vídeo e publicidade em TV alcance, no mundo, o valor de US$ 222,09 bilhões.
Já no Brasil, em contrapartida, esse montante tende a crescer pelos próximos anos, segundo a análise da PwC. No País, o setor deve encerrar o ano de 2022 com a movimentação de um total de US$ 3,022 bilhões. O montante ainda é 2,6% inferior ao registrado em 2021, como reflexo das retrações econômicas dos últimos anos, sobretudo no período da pandemia. A partir de 2023, contudo, a expectativa é de ligeira expansão. No próximo ano, a geração de negócios pela TV, tanto aberta quanto por assinatura e home vídeo, será 0,32% superior ao de 2022 e, em 2026, o segmento deverá movimentar, no Brasil, US$ 3,119 bilhões.
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