TikTok: Trump aprova negociação de Oracle e Walmart
Nova companhia teria o nome de TikTok Global e teria sede no Texas; ByteDance, companhia chinesa controladora do app, deve dar o aval para o negócio
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Meio & Mensagem
21 de setembro de 2020 - 6h00
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou a oferta da Oracle pela aquisição do TikTok. A negociação, na verdade, foi algo forçado pelo próprio presidente, que prometeu banir o aplicativo do País caso alguma empresa local não comprasse a operação estadunidense. “Eu dei minha benção ao acordo. Se eles fecharem negócio, será ótimo. Se não, OK também. Eu aprovei o acordo”, declarou Trump a repórteres nesse sábado, 19, ao deixar a Casa Branca para um compromisso de campanha.
A empresa resultante do acordo se chamará TikTok Global. Um dos requisitos para que o acordo fosse aprovado foi o comprometimento da nova companhia em fazer alguma contribuição ao País. A empresa já declarou que doará US$ 5 bilhões para um fundo de educação. A promessa, ao que parece, deixou o presidente dos Estados Unidos satisfeito. “Essa é a contribuição que estava pedindo”, declarou.
Pelos termos do acordo, Oracle e Walmart irão controlar 20% da TikTok Global, segundo uma pessoa próxima das negociações. A Sequoia Capital e a General Atlantic, investidoras do TikTok na China – aplicativo de propriedade da ByteDance – também devem adquirir uma participação no novo negócio, de acordo com a mesma fonte.
De acordo com a Reuters, no entanto, os investidores dos Estados Unidos ficariam com pouco mais de 50% da empresa, enquanto os chineses seguiriam no negócio com uma participação de 36%.
Em comunicado, o TikTok disse que a companhia está satisfeita com as propostas de Oracle e Walmart e que isso resolverá as preocupações a respeito da administração da empresa nos Estados Unidos e a questão em torno do futuro do aplicativo no País.
A companhia confirmou que a Oracle irá hospedar os dados e sistemas de segurança do TIkTok ns Estados Unidos e também anunciou que está trabalhando com o Walmart em uma parceria comercial e que, junto com a Oracle, a rede de varejo irá participar de uma espécie de pré-IPO da TikTok Global e que poderão assumir uma participação de 20% na empresa.
A negociação para que o TikTok passasse a ser controlado por uma empresa norte-americana começou a ser forçada em agosto por Trump, que chegou a manifestar publicamente ter preocupação com o fato de o aplicativo ser controlado por uma empresa da China. O presidente havia marcado para domingo, 20, a data limite para que Apple e Google tirassem o TIkTok de suas lojas de aplicativos no País. Antes das negociações serem anunciadas, no entanto, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos havia conseguido adiar por uma semana o banimento do app das lojas de aplicativos.
A TikTok Global terá sua sede no Texas e deverá contratar, no mínimo, 25 mil pessoas, de acordo com Trump. A
companhia precisará recrutar milhares de moderadores de conteúdo, engenheiros e profissionais de marketing que, anteriormente, estavam trabalhando diretamente da China ou de outras partes do mundo.
Para ampliar os agrados ao presidente, a TikTok comprometeu-se a aumentar em 15 mil os postos de trabalho em relação ao número que havia prometido inicialmente. Não ficou claro, no entanto, se existe um cronograma para essa meta e a garantia de que isso seja, de fato, cumprido. O Facebook, maior empresa de mídia social dos Estados Unidos, empregava em torno de 45 mil pessoas em 2019, enquanto o Twitter tinha, também no ano passado, um total de 4900 funcionários, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
Trump está aumentando a pressão sobre os aplicativos de propriedade chinesa conforme a eleição de 3 de novembro de aproxima. Em seus discursos, o presidente diz aos cidadãos sobre as preocupações em relação à segurança desses apps, argumentando que a China poderia usa-los como uma forma de espionar os dados da população dos Estados Unidos.
O governo da China deve assinar no início dessa semana sua aprovação à transação realizada nos Estados Unidos.
Com informações do Advertising Age e da Reuters
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