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Mídia

Twitch lança Programa de Incentivo de Ads aos streamers

Programa pagará aos streamers um valor mínimo garantido de receita publicitária por mês


23 de fevereiro de 2022 - 17h58

Programa de Incentivo de Ads da Twitch pagará à streamers selecionados um valor mínimo mensal (crédito: reprodução)

A Twitch lançou nessa terça-feira, 22, o Programa de Incentivo de Ads, que pagará à streamers selecionados um valor mínimo mensal garantido de receita publicitária. A plataforma afirmou em seu blog que, durante o lançamento, o programa apresentará ofertas personalizadas aos criadores, que se resumem a: transmitir por um número específico de horas — com reprodução de anúncios — em troca de um pagamento fixo. O recurso estará disponível inicialmente para alguns criadores, porém em breve será lançado para todos, segundo a Twitch.

Em seu blog, a plataforma pontuou que criou esse programa por dois motivos: ajudar os creators a terem uma renda mensal mais previsível, e ajudar a gerenciar seus anúncios para que o creators se preocupem com a criação do conteúdo. Além disso, segundo a Twitch, a utilização do programa será mais fácil utilizando o Gerenciador de anúncios como base. “Queremos libertar os criadores de responsabilidades adicionais de gerenciamento, para que possam se concentrar em fazer o que amam com a comunidade que adoram”. “Esperamos que isso seja um passo importante para capacitar os criadores”, completou a plataforma.

Como funciona o programa?

Se o streamer for um dos Parceiros e Afiliados selecionados ele receberá uma oferta de incentivo da Twitch que estará disponível no painel de controle do Gerenciador de anúncios. Quando o creator escolher a oferta que preferir, a plataforma irá configurar o Gerenciador de anúncios para a taxa detalhada no incentivo, de acordo com a Twitch, os valores das ofertas variam para cada criador. Depois, o criador deverá transmitir o número mínimo de horas necessárias. E ao final do mês, ele coletará seu incentivo.

A plataforma também ressalta que o creator continuará ganhando com base na taxa normal de pagamento por anúncios por quaisquer horas adicionais transmitidas após concluir a oferta. Dessa forma, essa é apenas uma renda mínima.

Greve de streamers

Ter uma renda mensal mais previsível é algo almejado por todos os criadores de conteúdo, visto que a receita de doações e assinaturas pode flutuar muito de mês para mês. Uma política da Twitch divulgada no ano passado tirou o sono de muitos streamers da plataforma no Brasil. Em julho de 2021, a Twitch reduziu o preço de suas inscrições no País para a partir de R$ 7,90, valor 65% mais baixo que o original (R$ 22,99).

A redução fez parte de uma iniciativa global da plataforma, que está reajustando seus preços de “subs” em diversas regiões do mundo. Na época da mudança, o vice-presidente de monetização da Twitch, Mike Minton, disse ao ge que a tendência é que os streamers ganhem mais dinheiro com a redução do preço para valores mais convidativos para o público local e que a Twitch havia criado um  programa para impedir a queda de lucros nos canais com uma mudança. “Os criadores vão ganhar mais dinheiro rapidamente, mas, por conta de nem todo criador ser o mesmo, nem todo o público ser o mesmo, todos os países serem um pouco diferentes, também construímos um programa para garantir que eles não vão ver uma queda nos lucros pelo próximo ano”, afirmou na época.

Porém, diversos streamers da plataforma, como Gaybol e MatheusJoyBoy, não ficaram contentes com a redução e aderiram ao movimento “Apagão da Twitch”, promovido pela comunidade de streamers da Twitch no Brasil, para chamar atenção sobre a polêmica da diminuição dos pagamentos na plataforma.

Após a grande repercussão do movimento nas redes sociais, a Twitch se manifestou. “Apoiamos os direitos de nossos streamers de se expressarem e chamarem a atenção para questões importantes em nosso serviço. Estamos ouvindo este feedback e continuaremos a trabalhar para fazer da Twitch o melhor serviço para os criadores de conteúdo criarem e promoverem suas comunidades”, disse a plataforma ao Start da UOL.

*Crédito da imagem do topo: Shutterstock

 

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