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Mídia

Washington Post amplia receita com APIs próprias

Com plataforma de mídia programática Zeus e ferramenta de fluxo de trabalho Arc, jornal de Jeff Bezos busca rivalizar com Facebook e Google


1 de novembro de 2019 - 11h18

Redação do The Washington Post, adquirido por Jeff Bezos. (Crédito: Chip Somodevilla/Getty Images)

Para Jarrod Dicker, vice-presidente de desenvolvimento e tecnologia comercial do The Washington Post, é necessário trazer de volta ao conteúdo original a renda de anunciantes que, atualmente, é direcionada ao Google e ao Facebook. Como estratégia do jornal nessa direção, o executivo explica a atuação do Zeus Prime, uma ferramenta que automatiza a compra de anúncios no Post em tempo real.

Com isso, o jornal de Jeff Bezos pretende eliminar os intermediários da compra de mídia online. A atuação de desenvolvimento de ferramentas tecnológicas gera , também, outras fontes de receita ao jornal. Com o Arc, por exemplo, o Post licencia a plataforma de trabalho para outros publishers, incluindo rivais.

Na visão de Dicker, a indústria se tornou muito dependente de intermediários para inovar dentro do mercado de anúncios. Como resultado, as plataformas passaram a comer receita dos publishers por anos.

“Por que Google e Facebook dominam? O que podemos fazer para apontar peças de cauda longa que sejam mais bem-sucedidas? O que podemos fazer para fazer com que os jornais tenham mais sucesso?”, questiona Dicker. “Somos muito conceituados para termos apenas receita de anúncios e assinantes, e estaríamos completamente loucos se pensássemos que isso que irá nos carregar à próxima geração de publicações”, finaliza.

Enquanto o jornalismo permanece o principal produto da marca – que conquistou três Pulitzers neste ano -, a posição de Dicker é de que o Post se tornou uma empresa de tecnologia por necessidade.

“Somos absolutamente focados em construir novas tecnologias e competir neste espaço”, afirma o executivo, que pretende concorrer com companhias como Google, Adobe e WordPress.

“Porque fazer anúncios está cada vez mais difícil, as pessoas rapidamente dizem ‘publicidade está morta, acabou’, e é o oposto disso”, afirma. “Vemos as conversas no Congresso com Facebook e Google. Isso tudo irá dar a volta e os publishers que não estão preparados, ou não têm estratégias quando o assunto é publicidade, serão incapazes de tirar vantagem desse momento”, finaliza.

*Com Advertising Age

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