Women to Watch: diferentes gerações transformando o agora
Edição 2018 do evento tem homenagem dupla: às mulheres que estão se destacando hoje e às que pavimentaram o caminho como líderes nas últimas décadas
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No ano em que Meio & Mensagem completa 40 anos, a sexta edição do Women to Watch homenageou – além das sete líderes que vem se destacando na indústria de comunicação – mulheres que fizeram história no mercado brasileiro e que, por meio de suas trajetórias e posições de liderança, pavimentaram o caminho para muitas outras profissionais nos anos que seguiram.
Realizada nesta segunda-feira, 27, no Palácio Tangará, em São Paulo, a cerimônia relembrou, sob o som de “Respect”, de Aretha Franklin, as carreiras de Célia Belém, Clarice Herzog, Christina Carvalho Pinto, Fátima Pacheco Jordão, Marlene Bregman e Vera Aldrighi. “Cada uma dessas mulheres, à sua maneira, fez uma rede de segurança para nós em uma época em que isso não existia. Marlene foi minha primeira cliente, a Vera me levou para trabalhar em agência, com a Fátima aprendi muito sobre mídia, a Clarice me ensinou tudo que eu sei de pesquisa. Porém, quando comecei a trabalhar em agência, percebi como homens e mulheres eram diferentes. Não sei como está agora, mas acho bom a gente refletir sobre isso”, declarou Célia, que, entre outras funções, foi VP de planejamento da JWT.
Christina Carvalho Pinto reforçou que, dada a natureza do Women to Watch, que é a de inspirar as mulheres do mercado, é preciso resgatar elevar o padrão ético e de pensamento dos homens. “Temos de usar a nossa criatividade que é gigantesca para criar novas visões. Temos de ser ampliadoras das visões por vezes tão restritas que prevalecem no mundo dos negócios”, pontuou. Já Marlene Bregman salientou que ela, tampouco suas colegas homenageadas ou qualquer mulher em posição de destaque na indústria chegaram onde chegaram pelo fato de serem mulheres, mas por terem superado obstáculos para obterem mérito em suas conquistas.Women to Watch 2018
Obstáculos a serem superados pelas mulheres e pelos homens que compõem a indústria, aliás, foi tema recorrente no discurso das sete executivas escolhidas para o Women to Watch 2018. Danielle Bibas, global content & marketing officer da Avon, Debora Nitta, head de agências do Facebook, Ellen Kiss, superintendente de marketing em negócios digitais do Itaú Unibanco, Laura Chiavone, CSO da Tribal Worldwide em Nova York, Marcia Esteves, CEO da Grey, Maria Laura Nicotero, CEO da Momentum e Mônica de Carvalho, diretora de negócios do Google, exaltaram a importância de dar visibilidade e oportunidade a mulheres para que agências, anunciantes e veículos encontrem um equilíbrio dentro de suas organizações.
Filha de Célia Belém, Laura Chiavone, da Tribal NY, atribuiu à mãe a força de que precisava para acreditar em si mesma. No entanto, jogou luz sobre o fato de a indústria dialogar com uma sociedade composta por 52% de mulheres e que majoritariamente é negra e mestiça. “As mulheres são decisoras de compra da maioria das categorias, principalmente carros e bebidas. E, ao mesmo tempo, elas notoriamente não se identificam com a comunicação que é feita nos últimos anos. Por que será?”, questionou. A estrategista disse que em vez de esperar que a mudança venha com a próxima geração, naturalmente mais aberta à diversidade, é mais proveitoso fazer a mudança agora. “Pensem nas mulheres que estão aqui e nas que não puderam estar aqui por algum motivo. Considerem-nas para seus votos no Caboré este ano”, pediu. Como segunda proposta, pediu aos anunciantes que pedissem a suas respectivas agências que aumentem o nível de representatividade de suas equipes e lideranças para que haja maior nível de inclusão de mulheres, negros, LGBT e outros grupos que representem o que o Brasil é.
CEO da Grey, Marcia Esteves chamou atenção para o fato de que os homens precisam assumir novos papeis que vão muito além de serem somente provedores. “Que a gente tenha coragem de mudar o status quo permitindo novas interpretações sobre aquilo que a gente entende como realidade”, afirmou. Ela também alertou sobre a necessidade de rever o significado do poder e do sucesso para assim construir famílias e organizações mais equilibradas.
As escolhidas para o Women to Watch 2018 falam sobre oportunidades e machismo na indústria
Isabella Lessa
27 de agosto de 2018 - 17h59
No ano em que Meio & Mensagem completa 40 anos, a sexta edição do Women to Watch homenageou – além das sete líderes que vem se destacando na indústria de comunicação – mulheres que fizeram história no mercado brasileiro e que, por meio de suas trajetórias e posições de liderança, pavimentaram o caminho para muitas outras profissionais nos anos que seguiram.
Realizada nesta segunda-feira, 27, no Palácio Tangará, em São Paulo, a cerimônia relembrou, sob o som de “Respect”, de Aretha Franklin, as carreiras de Célia Belém, Clarice Herzog, Christina Carvalho Pinto, Fátima Pacheco Jordão, Marlene Bregman e Vera Aldrighi. “Cada uma dessas mulheres, à sua maneira, fez uma rede de segurança para nós em uma época em que isso não existia. Marlene foi minha primeira cliente, a Vera me levou para trabalhar em agência, com a Fátima aprendi muito sobre mídia, a Clarice me ensinou tudo que eu sei de pesquisa. Porém, quando comecei a trabalhar em agência, percebi como homens e mulheres eram diferentes. Não sei como está agora, mas acho bom a gente refletir sobre isso”, declarou Célia, que, entre outras funções, foi VP de planejamento da JWT.
Christina Carvalho Pinto reforçou que, dada a natureza do Women to Watch, que é a de inspirar as mulheres do mercado, é preciso resgatar elevar o padrão ético e de pensamento dos homens. “Temos de usar a nossa criatividade que é gigantesca para criar novas visões. Temos de ser ampliadoras das visões por vezes tão restritas que prevalecem no mundo dos negócios”, pontuou. Já Marlene Bregman salientou que ela, tampouco suas colegas homenageadas ou qualquer mulher em posição de destaque na indústria chegaram onde chegaram pelo fato de serem mulheres, mas por terem superado obstáculos para obterem mérito em suas conquistas.Women to Watch 2018
Obstáculos a serem superados pelas mulheres e pelos homens que compõem a indústria, aliás, foi tema recorrente no discurso das sete executivas escolhidas para o Women to Watch 2018. Danielle Bibas, global content & marketing officer da Avon, Debora Nitta, head de agências do Facebook, Ellen Kiss, superintendente de marketing em negócios digitais do Itaú Unibanco, Laura Chiavone, CSO da Tribal Worldwide em Nova York, Marcia Esteves, CEO da Grey, Maria Laura Nicotero, CEO da Momentum e Mônica de Carvalho, diretora de negócios do Google, exaltaram a importância de dar visibilidade e oportunidade a mulheres para que agências, anunciantes e veículos encontrem um equilíbrio dentro de suas organizações.
Filha de Célia Belém, Laura Chiavone, da Tribal NY, atribuiu à mãe a força de que precisava para acreditar em si mesma. No entanto, jogou luz sobre o fato de a indústria dialogar com uma sociedade composta por 52% de mulheres e que majoritariamente é negra e mestiça. “As mulheres são decisoras de compra da maioria das categorias, principalmente carros e bebidas. E, ao mesmo tempo, elas notoriamente não se identificam com a comunicação que é feita nos últimos anos. Por que será?”, questionou. A estrategista disse que em vez de esperar que a mudança venha com a próxima geração, naturalmente mais aberta à diversidade, é mais proveitoso fazer a mudança agora. “Pensem nas mulheres que estão aqui e nas que não puderam estar aqui por algum motivo. Considerem-nas para seus votos no Caboré este ano”, pediu. Como segunda proposta, pediu aos anunciantes que pedissem a suas respectivas agências que aumentem o nível de representatividade de suas equipes e lideranças para que haja maior nível de inclusão de mulheres, negros, LGBT e outros grupos que representem o que o Brasil é.
CEO da Grey, Marcia Esteves chamou atenção para o fato de que os homens precisam assumir novos papeis que vão muito além de serem somente provedores. “Que a gente tenha coragem de mudar o status quo permitindo novas interpretações sobre aquilo que a gente entende como realidade”, afirmou. Ela também alertou sobre a necessidade de rever o significado do poder e do sucesso para assim construir famílias e organizações mais equilibradas.
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