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YouTube compra anúncios no TikTok antes de proibição do app nos EUA

O Google seria um dos maiores beneficiários da proibição da plataforma da ByteDance nos Estados Unidos


7 de fevereiro de 2025 - 11h43

*Do Ad Age com informações da Bloomberg News

O YouTube está exibindo anúncios no TikTok, direcionados aos criadores de conteúdo do aplicativo da ByteDance. Esse é um esforço para atrair usuários, valiosos para o rival do Google, e capitalizar o futuro incerto do TikTok.

YouTube e TikTok argumentam que há diferenças entre os VODs diante da aprovação da regulamentação do streaming pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (Crédito: Koshiro/ AdobeStock)

(Crédito: Koshiro/ AdobeStock)

“Nunca pensei na minha vida que seria um YouTuber; era literalmente meu sonho no ensino médio, e agora estou ganhando um presente deles!”, afirma um criador em uma postagem patrocinada e publicada recentemente pelo YouTube no TikTok, em que exibia brindes recebidos da plataforma de vídeos do Google.

“Entre no YouTube, encontre sua comunidade, viva sua melhor vida”, dizia o creator no anúncio.

O YouTube é o mais novo concorrente do TikTok, a medida que tenta capitalizar a iminente proibição do aplicativo nos EUA, que pode entrar em vigor no início de abril. O Instagram, da Meta, anunciou uma nova ferramenta de edição de vídeo em janeiro. O X também apresentou uma nova aba de vídeo como parte de um esforço para conquistar os criadores de conteúdo do TikTok.

Inicialmente, o aplicativo deveria ter sido banido em 19 de janeiro, mas o presidente Donald Trump adiou o bloqueio em 75 dias para dar à empresa controladora, a ByteDance, sediada na China, mais tempo para vender sua popular plataforma de uma forma que atenda às preocupações de segurança nacional dos EUA.

O Google seria um dos maiores beneficiários de uma proibição. Tanto seu principal serviço de vídeo YouTube, quanto o similar ao TikTok, o YouTube Shorts, provavelmente encarariam um aumento no tráfego caso o TikTok desaparecesse.

A gigante da tecnologia também desempenha um papel incomum na potencial proibição do TikTok, uma vez que administra uma das duas lojas de aplicativos que controlam se as pessoas podem ou não baixar o aplicativo no país. A big tech bloqueou o TikTok da Google Play Store desde que a lei entrou em vigor em 19 de janeiro.

É notável, no entanto, que o TikTok esteja disposto a aceitar verbas publicitárias de um de seus concorrentes mais fortes, promovendo uma mensagem que visa prejudicar seus negócios.

Uma publicação visualizada pela Bloomberg contava com a legenda: “Começar no YouTube nunca foi tão fácil, veja sua paixão render frutos”. O post acumulou milhares de curtidas.

O Google não respondeu a um pedido de comentário, e um porta-voz do TikTok se recusou a comentar o assunto. O TikTok não conta com uma biblioteca de anúncios dos EUA que incluiria informações sobre quando os anúncios começaram a ser veiculados, ou quanto o YouTube pagou por eles.

Futuro do TikTok

Enquanto provedores de lojas de aplicativos como Google e Apple, bloquearam o TikTok de suas lojas desde o final de janeiro, outras empresas de tecnologia norte-americanas, incluindo a Oracle, trabalham para manter o TikTok operando, com as garantias de Trump de que a lei existente não será aplicada até abril.

Na última terça-feira, 4, em retaliação às tarifas comerciais recém-impostas por Trump à China, Pequim anunciou uma nova investigação antitruste sobre o Google. O país também está considerando abrir uma investigação semelhante sobre a Apple.

Enquanto o YouTube tenta lucrar com a possível queda do TikTok, o criador mais seguido e mais lucrativo do YouTube, MrBeast, está em conversas com licitantes e grupos de investidores que buscam comprar as operações do TikTok nos EUA.

MrBeast, cujo nome verdadeiro é Jimmy Donaldson, espera se unir ao eventual favorito nas negociações de um acordo com o TikTok, disse um porta-voz à Bloomberg, embora a ByteDance tenha mantido pública a declaração de que não está considerando nenhuma venda do tipo.

*Tradução por Giovana Oréfice

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