Impacto do YouTube no Brasil atinge R$ 4,55 bi em 2022
Desenvolvido pela Oxford Economics, relatório indica que a plataforma gerou mais de 140 mil empregos equivalentes a tempo integral
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Amanda Schnaider
14 de agosto de 2023 - 15h36
O YouTube divulgou nesta segunda-feira, 14, em evento para a imprensa na sede do Google, em São Paulo, o seu Relatório de Impacto no Brasil.
Desenvolvido pela Oxford Economics, o relatório mostra que, em 2022, a plataforma contribuiu com mais de R$ 4,55 bilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Porém, em 2021, esse valor foi de R$ 6 bilhões.
No ano passado, o YouTube ajudou a gerar mais de 140 mil empregos equivalentes a tempo integral. Isso também representa uma queda em relação à 2021, quando a plataforma gerou direta ou indiretamente 160 mil empregos.
Apesar da queda em comparação com o ano anterior, Malu Gonçalves, head de comunicação do YouTube no Brasil, explica que não é possível comparar um ano com o outro, visto que a metodologia da Oxford sofreu alterações e as variáveis mudaram.
“A OEX atualiza e refina seu modelo a cada ano com base em fatores variáveis, incluindo a evolução dos negócios do YouTube, mudanças na economia do País e a composição dos entrevistados. Por causa disso, é possível ver mudanças nos números de ano para ano e esses relatórios devem ser vistos como um indicador instantâneo útil da economia do criador no Brasil, mas não devem ser comparados ano a ano”, afirmou a plataforma, em nota enviada à reportagem de Meio & Mensagem.
Com isso, o relatório indica que o número de canais com mais de 1 milhão de inscritos no YouTube cresceu 20% em 2022 e que, no Brasil, 195 mil criadores e parceiros recebem pagamentos ligados às suas presenças no YouTube.
Outro destaque do estudo é que 4 em cada 10 criadores brasileiros que ganham dinheiro com a plataforma afirmam que o YouTube é a sua principal fonte de renda.
No Brasil, 105 mil criadores e parceiros empregam outras pessoas para trabalharem em seus canais do YouTube. Além disso, 87% dos creators que têm renda com a plataforma concordam que o YouTube oferece uma oportunidade de criar conteúdo e ganhar dinheiro que não encontrariam na mídia tradicional.
“Esse cenário é particularmente real também para pequenas e médias empresas”, salienta Manu Villela, diretora do ecossistema de criadores do YouTube no Brasil. Isso porque, de acordo com o relatório, 84% das PMEs com um canal no YouTube concordam que a plataforma desempenhou um papel fundamental ajudando a aumentar a sua base de clientes, alcançando novos públicos.
Neste sentido, eles encontram maneiras de diversificar sua receita, com o Clube dos Canais (assinaturas de canais específicos) ou com o Super Chat (mensagens destacadas em lives).
O relatório mostra que somente em dezembro de 2022, aproximadamente 15 mil canais ganharam receita com produtos de monetização alternativa. Isso representa um aumento de mais de 15% em relação ao ano anterior.
“Os criadores não têm canais no YouTube, eles constroem negócios”, disse Patricia Muratori, diretora do YouTube para a América Latina, durante o evento.
A maioria dos criadores (71%) que ganha dinheiro com a plataforma, também concorda que o YouTube trouxe oportunidades em sua região e 52% acreditam que não teriam teriam suas carreiras ou empresas atuais sem a plataforma.
Além disso, 75% dos criadores que ganham receita com a plataforma acreditam que o que recebem de anúncios que são apresentados em seus conteúdos é uma importante fonte de renda.
O impacto econômico do YouTube, porém, não é o único destaque do relatório. O impacto social e de diversidade também aparece entre os números apresentados. O levantamento aponta que 82% dos entrevistados valorizam a diversidade de conteúdos e perspectivas que encontram no YouTube.
Além disso, 83% afirmam que a plataforma os ajuda a se conectarem com tradições e heranças importantes para eles. O relatório ainda mostra que 91% das mulheres que criam para a plataforma dizem que o YouTube as ajudam a compartilhar suas paixões e ideias.
O YouTube se mostra como uma plataforma aliada de alunos, pais e professores no complemento à educação formal. De acordo com o levantamento, até dezembro de 2022, mais de 80 mil canais produziam conteúdo relacionado a competências digitais ou disciplinas lecionadas na escola.
Quase todos os usuários da plataforma (98%) ainda afirmam que usam o YouTube para obter informações e conhecimentos e 80% dizem que a plataforma oferece oportunidades iguais para que todos aprendam e cresçam.
Os pais entendem que a plataforma possui conteúdo de qualidade para os seus filhos. A pesquisa aponta que 94% dos pais que usam o YouTube concordam que a plataforma (ou YouTube Kids, para crianças menores de 13 anos) oferece conteúdo de qualidade para aprendizado e/ou diversão de seus filhos. Já 84% dos professores que usam o YouTube dizem que a plataforma ajuda os estudantes a aprenderem melhor.
O YouTube também é utilizado como plataforma para consumir notícias. Segundo o relatório, 59% dos usuários pesquisaram notícias no YouTube, em 2022. Destes, 75% afirmam que conseguem encontrar informações de notícias de fontes seguras e confiáveis no YouTube.
Além disso, 94% dos usuários concordam que o YouTube foi útil nas eleições presidenciais brasileiras, oferecendo acesso a informações oportunas e/ou confiáveis, e 80% acreditam que a plataforma é uma fonte de conteúdos e pontos de vista diversos.
Fora a diversidade e o impacto social, a música é outro pilar do YouTube. Isso porque a plataforma ajuda a conectar artistas locais com a audiência global e nacional e garante que sejam recompensados pelo seu trabalho.
O relatório mostra que 90% das empresas de música com canal na plataforma compreendem que o YouTube é fundamental para lançar novos artistas e/ou músicas. Além disso, 77% acreditam que a plataforma aumentou a oferta de talentos criativos no setor e 68% concordam que o YouTube é uma importante fonte de receita para a sua companhia.
Durante o evento, Alexandra Veitch, diretora de relações governamentais e políticas públicas do YouTube para as Américas, explicou que esse relatório só existe em 12 mercado ao redor do mundo, incluindo o Brasil. São eles: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, União Europeia, Japão, Coréia, Índia, Indonésia e Austrália.
Para desenvolvê-lo, Oxford Economics utiliza um modelo econômico que avalia resultados de pesquisa e publicações de dados para estimar a contribuição do YouTube nos principais indicadores econômicos, tais como PIB e geração de empregos.
Os resultados são baseados em três pesquisas com entrevistados em todo o Brasil. Ao todo são compreendidos nessas entrevistas: 3.013 usuários, 2.957 criadores e 615 empresas. Também foram usados dados internos do YouTube até 30 de Dezembro de 2022.
“Este relatório é uma prova do que podemos alcançar quando trabalhamos juntos em direção a um objetivo comum”, concluiu Alexandra.
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