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Mídia

YouTube Originals será gratuito, mas com anúncios

Plataforma anunciou novidade durante o Brandcast de Nova York e apresentou novo posicionamento


3 de maio de 2019 - 19h10

“Enquanto todas as outras empresas de mídia estão correndo para colocar seu conteúdo atrás de um paywall, estamos indo na direção contrária e disponibilizando nossos originais gratuitamente”, disse Robert Kyncl, diretor de negócios do YouTube durante a oitava edição do Brandcast, evento anual da plataforma que estabelece seus planos em relação aos anunciantes, realizado na última quinta-feira, 2, em Nova York. 

O YouTube deverá disponibilizar, em breve, todo o seu conteúdo original — como Cobra Kai — de forma gratuita, porém com anúncios. Segundo a companhia, essa estratégia será benéfica para os anunciantes, pois possibilitará que eles se engajem com um público amplo, para gerar resultados mais significativos e se alinhar com criadores de conteúdo e artistas de Hollywood.

Os anunciantes terão acesso aos conteúdos originais por meio de patrocínios personalizados ou de listas do Google Preferred, ferramenta da plataforma que permite aos anunciantes pagarem para terem suas campanhas vinculadas a vídeos de alto desempenho. Entre os conteúdos originais, a plataforma do Google revela que continuará realizando programas como What the Fit, de Kevin Hart; Liza Demand e Cobra Kai, e estreará novos shows como Dude Perfect e Makiplier, além de um projeto secreto com o cantor Justin Bieber. 

 

Anna Kendrick no programa ‘What the fit” de Kevin Hart (Crédito: Reprodução)

O YouTube aproveitou o Brandcast para se promover como “personal primetime” (“horário nobre pessoal”, em tradução livre), dividindo o público de acordo com interesses de nicho. “Nós podemos entregar mídia personalizada de uma forma que nunca pudemos antes”, disse a CEO do YouTube, Susan Wojcicki, no início do evento.

De acordo com a companhia, a mensagem personalizada do horário nobre destina-se a indicar aos anunciantes que podem patrocinar programas de acordo com o gosto individual, em vez de apenas veicular anúncios em qualquer vídeo aleatório — o que gerou muitos problemas de brand safety.

Em 2017 a plataforma e o Google chegaram a sofrer boicotes de diversas marcas após a agência Havas retirar toda a publicidade de seus clientes das plataformas, porque elas estavam vinculando anúncios a vídeos de conteúdos extremistas, com conteúdo de ódio e desinformação. Desde então, muitas plataformas vêm realizando uma série de mudanças para melhorar a sua relação com os anunciantes.

*Com informações do AdAge

**Crédito da imagem no topo: Christian Wiediger/Unsplash

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