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Zoom projeta futuro de união entre experiências virtuais e reais

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Zoom projeta futuro de união entre experiências virtuais e reais

Alfredo Sestini, head da plataforma de conferências e eventos fala sobre o investimento da empresa em aprimorar soluções para conectar pessoas mesmo no pós-pandemia


6 de janeiro de 2022 - 6h02

As imagens de vários rostos em telas de computadores são um dos maiores símbolos do que se tornou boa parte do trabalho em tempos de pandemia. Desde 2020, quando o coronavírus colocou funcionários de muitas empresas em home office, as videoconferências tornaram-se um elemento presente no cotidiano.

Os números do Zoom Video Communications, uma das plataformas que registrou maior crescimento durante esses dois anos de pandemia, atestam esse novo momento. Assim que o vírus paralisou o mundo, a companhia saltou da marca de 10 milhões de usuários, que tinha no fim de 2019, para 300 milhões de participantes diários, em média, em reuniões realizadas e abril de 2020.

 

Alfredo Sestini é head do Zoom no Brasil (Crédito: Reprodução)

No Brasil, o crescimento também foi alto. “No País, registramos um crescimento de 31 vezes em usuários gratuitos inscritos e um aumento de três vezes o número de clientes pagos para empresas com dez ou mais colaboradores”, revela Alfredo Sestini, head do Zoom no Brasil.

Agora, com a vacinação permitindo uma retomada das atividades presenciais – ainda que as novas variantes e outros vírus tornem instável esse cenário de início de ano – a plataforma de videoconferência e eventos tem o desafio de continuar mostrando sua relevância com soluções e ferramentas que facilitem o dia a dia de quem, provavelmente, irá trabalhar, estudar e fazer outras atividades de forma híbrida.

Nesta quarta-feira, 5, a companhia anunciou a aquisição da Liminal, uma startup da California, dos Estados Unidos, que oferece soluções de produção de eventos. A ideia é qualificar os serviços de transmissões digitais de eventos que o Zoom já lançou há algum tempo. Outros investimentos devem continuar sendo feitos pela empresa, que enxerga que o futuro das conexões passará pelo modo híbrido.

“É interessante notar que, antes mesmo da Covid, os avanços da tecnologia, entrelaçados com uma nova geração de profissionais, faziam com que a cultura do trabalho já vivesse uma mudança de paradigma. Quando se considera o termo ‘escritório’, um pouco da palavra se perde em seu verdadeiro significado e já não define um ambiente de trabalho tradicional. A conotação de ir para o trabalho está em aberto”, acredita Sestini. Com as pessoas optando por ir a espaços de coworking, cafés ou mesmo por trabalhar em casa, novos lugares ganharam conotação de espaço de trabalho, diz.

Zoom Events foi uma das ferramentas lançadas pela empresa durante a pandemia (Crédito: Divulgação)

Na última edição do Zoomtopia, evento anual de inovação promovido pela empresa, foram exibidos lançamentos de projetos e ferramentas focadas nessa experiência híbrida. “Assim conseguimos transformar a trajetória das comunicações empresariais e pessoais e aprimorar a maneira como nos conectamos, compartilhamos ideias e fazemos mais juntos, independentemente da localização”, frisa.

Uma das novas soluções que a empresa desenvolveu pensando nesse cenário foi o Zoom Events Conference, ferramenta que, segundo o head, traz novas funcionalidades aos eventos remotos, como recursos para networking, lobby, espaço para patrocinadores, além de novas tecnologias de gravação e geração de dados e pesquisas. “Entendemos que a maneira como as pessoas se conectam, aprendem, trabalham, colaboram, participam de eventos mudou fundamentalmente e, no futuro, o melhor das experiências virtuais e presenciais se unirão para maximizar a produtividade, flexibilidade e inclusão”, defende.

Para este ano, o Zoom, que no terceiro trimestre do ano fiscal anunciou uma receita global de US$ 1,050 bilhão, projeta um crescimento de 35%. Na tentativa de alcançar a meta, a empresa aposta em novas ferramentas que visam aprimorar a interação e conexão entre seus usuários, como o Zoom Whiteboard (uma espécie de tela em branco e compartilhada para reuniões virtuais), o Oculus Team Up, que une o mundo físico e digital, além dos serviços de tradução e transcrições ao vivo, que adicionarão novos idiomas ao longo de 2022.

“Nossa plataforma foi construída principalmente para clientes corporativos – grandes instituições com suporte total de TI em sua estrutura. No futuro, prevemos negócios nos setores bancário, de saúde, educação e principalmente PMEs. Com a chegada de milhares de novos usuários, parte do desafio é garantir que forneçamos o treinamento, as ferramentas e o suporte adequados para ajudá-los a compreender os recursos de suas próprias contas e a melhor forma de usar a plataforma”, completa o head da operação no Brasil.

*Crédito da imagem do topo: Shutterstock

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